Com risco de choques, Porto Alegre esvazia abrigo e mais bairros

A Prefeitura de Porto Alegre recomendou o esvaziamento parcial dos bairros Menino Deus e Cidade Baixa, nas regiões sul e central, depois de problemas com choques elétricos em uma casa de bombas do sistema contra enchente.

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A medida foi anunciada na tarde de segunda-feira 6 e provocou correria e engarrafamentos na região. A ordem para evacuar os bairros foi um incidente com choques elétricos na Estação de Bombeamento de Água Pluvial (Ebap), que provocou congestionamentos significativos na cidade. As faixas de ônibus foram liberadas para veículos para diminuir o trânsito.

A central de triagem de abrigos no Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues foi esvaziada. Cerca de 9 mil pessoas estão em abrigos na região.

Como medida adicional, o governo do prefeito de Sebastião Melo (MDB) implementou um decreto de racionamento de água, que restringe o uso às necessidades básicas, devido à operação reduzida das estações de tratamento de água.

O prefeito enfatizou a gravidade da situação e destacou a importância da colaboração popular para lidar com o desastre.

“Estamos vivendo um desastre natural sem precedentes em Porto Alegre e no Rio Grande, e todos precisam contribuir”, disse Melo. “O desabastecimento é real e vai levar tempo até ser retomado com regularidade”.

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Segundo pesquisadores, a enchente deve se estender por pelo menos mais 10 dias.

Risco de enchente continua

O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) criou um mapa para indicar as áreas mais propensas a alagamentos, especialmente devido ao funcionamento limitado de apenas cinco das 23 casas de bombas necessárias para drenagem.

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A enchente, que já elevou o nível do Guaíba para 5,27 metros, pode chegar a 1,5 metro em algumas ruas.

Em entrevista coletiva , Melo fez um apelo para que a população tenha calma e encorajou moradores a se deslocarem para áreas menos afetadas.

“As pessoas que puderem devem sair dessas regiões”, afirmou o prefeito. “Nós estamos vivendo a maior crise climática que o Brasil passou.”

A cidade enfrenta cortes de energia em aproximadamente 170 mil imóveis. O Aeroporto Internacional Salgado Filho cancelou todos os voos até o fim de maio.

Porto Alegre está enfrentando um de seus piores desastres naturais. Cerca de 70% da cidade permanece sem acesso a água potável. Técnicos avaliam a possibilidade de reativar parcialmente a Ebap.

O prefeito declarou ainda que a crise não será resolvida de forma imediata.

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Fonte: Revista Oeste


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