PCPR promove palestra sobre Direitos Humanos no atendimento a autistas

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) promoveu uma palestra de capacitação para atendimento a autistas, nesta quinta-feira (5), no auditório Mário Lobo, no Palácio das Araucárias, em Curitiba. O evento aconteceu em parceria com a Escola de Educação em Direitos Humanos (ESEDH) e contou com a participação de mais de 70 servidores.

A iniciativa teve como objetivo abordar temas como características gerais do Transtorno Espectro Autista (TEA), convivência, questões neurodivergentes, garantias de diretos, termos adequados para o tratamento e como realizar um atendimento humanizado para autistas e para a família.  

“A importância da realização de palestras como essa, é levar conhecimento aos nossos policiais para que possam melhor atender e acolher as pessoas dentro do espectro autista quanto seus familiares. A ideia é adquirir e multiplicar conhecimento sobre o tema”, afirma a delegada e chefe do Grupo Auxiliar de Recursos Humanos da PCPR, Daniele Serigheli. 

O conhecimento ministrado nas palestras proporciona aos servidores o entendimento da necessidade de trazer acolhimento as pessoas com o espectro. Dessa forma, os servidores são orientados a manter e melhorar os serviços prestados a fim de realizar um atendimento moderno, que garantirá agilidade e eficiência em todo o processo.  

O presidente da Organização Neurodiversa pelos Direitos dos Autistas (ONDA), Fábio Cordeiro, ressalta que todos os servidores públicos deveriam ter o conhecimento minimamente sobre a causa para poder atender as pessoas de maneira inclusiva, respeitando as características.  

“Quando falamos de polícia civil e segurança pública, é mais importante porque estão lidando com vulnerabilidade. Então o servidor entender sobre o TEA, saber fazer uma abordagem e um atendimento respeitoso é de extrema importância”, afirma Cordeiro.  

De acordo com médico neurologista Thiago Simões, conhecer sobre neurodivergência e o TEA resulta em uma visão mais ampla do servidor em relação à sociedade, como intervir e auxiliar. “O servidor público é um agente de intermediação com a sociedade, assim como médico ou psicólogo, o policial precisa intermediar conflitos. Então quando eles entendem a diversidade em que as pessoas se manifestam, passam a ter uma visão mais humana e adequada para prestar os melhores serviços”, complementa Simões.  

A agente de polícia judiciária, Priscila Kosteke, afirma que o curso é de grande valia e contribui para o desenvolvimento do trabalho policial nos casos de atendimentos a autistas. “É importante que o policial tenha um olhar empático para conseguir mais informações e deixar a pessoa confortável. É necessário saber acolher, como perguntar e desenvolver a conversa, respeitando a individualidade”, conclui.  

PRESENÇAS- Participaram do evento, o coordenador de Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania do Paraná, Jefferson de Castro, a deputada estadual Flávia Francischini, a diretora da ESEDH Nádia Leandro, a agente de polícia judiciária Jaqueline Machado, representando a delegada da PCPR Daniele Serigheli, o presidente da Onda Fábio Cordeiro, o Tenente-Coronel do Corpo de Bombeiros Jonas Emmanuel, a servidora da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família Carla Lourenço, e o médico neurologista Thiago Simões. 

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Fonte: Polícia Civil de Paraná

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