7ª Parada LGBT+ de Santos envolve mais de 6 mil pessoas na luta por direitos e mais respeito

Mais de 6 mil pessoas participaram dos eventos da 7ª Parada do Orgulho LGBT+, em Santos. Com o lema “Contra o retrocesso no legislativo, vote por direitos LGBT”, estiveram na programação deste ano os Jogos da Diversidade e a 2ª DiversaFeira – Feira da Diversidade.

O encerramento e ponto alto da ação mais esperada ocorreu neste domingo (30), quando os participantes percorreram diversas ruas no Centro Histórico, acompanhados por trio elétrico e muita festa até chegar à Praça Mauá, onde um palco e mais shows aguardavam o público. As apresentações foram comandadas por Tchaka Drag Queen e Ariella, os DJ Ale Vilela e Paula Pivatto, além das drag queens Ally Bee Rios, Carla D’Vainner, Hannah Deggy Bancks, Jessica Close, Marcela Summer, Mohara Benatto, Naylla Vellaskez, Olívia Olí, Samantha Dior e Satanaja. A música ao vivo ficou por conta da Banda O Último Banco do Bar.

A presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT+ de Santos (APOLGBT Santos), Daisy Eastwood, explica que além da alegria e dos festejos, a ideia da 7ª Parada é acompanhar o calendário civil de mobilizações em prol da população LGBT+. Com isso, o espaço também foi de debates sobre a necessidade de eleger candidatos comprometidos com agenda contra a retirada de direitos sociais importantes, como casamento entre pessoas do mesmo sexo, garantido desde 2013, o direito ao uso do nome social por pessoas transgêneras (garantido desde 2016 em nível federal), a criminalização da LGBTfobia (equiparada a outros crimes de ódio, como o racismo, pelo Supremo Tribunal Federal em 2019), entre outras temas importantes por essa parcela da população.

Nicole Barbosa, 21 anos, e a namorada, Mariana Cruz, 22 anos, vieram pela primeira vez à Parada LGBT. “Sou bissexual. Acho importante essa representatividade. Porque hoje vejo uma geração que tem mais liberdade para falar, que não se esconde mais. E a gente não tem que ter vergonha de quem é, porque é só uma orientação sexual, uma identidade de gênero. Não muda seu caráter”.

Mariana também aprovou o tema e gostou de ter feito parte do evento. “Acho bacana porque mostra que a gente não está aqui para brigar, mas que somos iguais a todas as pessoas e merecemos ser tratadas com respeito”. As duas aprovaram a festa. “Achei maravilhosa. A gente acompanhou o trio, foi super organizado, tudo com muito respeito. Tem muita segurança. Amei”, diz Nicole. “É também um momento de interação. É incrível”.

PARCERIA

A 7ª Parada do Orgulho LGBT+ também conta com o apoio da Prefeitura de Santos. Presente ao evento, a vice-prefeita Renata Bravo destacou a importância da participação do poder público no evento. “Eles falam de uma proteção de direitos que foram violados dentro de uma sociedade, então é por isso que estamos juntos aqui. Hoje é um dia para a gente celebrar, mas também para lembrar que está faltando muito respeito e muita inclusão, que está faltando também muitas pessoas entenderem o que de verdade significa diversidade”.

A coordenadora de Políticas para a Diversidade do Município, Taiane Miyake, afirma ainda que a parada é um momento de visibilidade para toda a comunidade. “A gente precisa mostrar nossa cara, precisamos nos colocar, nos orgulhar de quem somos, e a parada é esse momento. Para alguns é um carnaval fora de época, mas pra nós não, é um ato político, é um ato de resistência, é um ato de sobrevivência”.

A 7ª Parada do Orgulho LGBT+ também teve a presença do Coordenador Estadual de Políticas para a Diversidade Sexual da Secretaria da Justiça e Cidadania, Rafael Calumby Rodrigues, que falou sobre o objetivo do Governo do Estado de fomentar as ações realizadas fora da Capital. “É uma oportunidade para o Estado mostrar as políticas públicas e divulgar o que temos. Por exemplo, hoje trouxe folders para divulgar a lei 10.948, de 2001, uma lei administrativa a combater a LGBTfobia”.

Ricardo Mendes, pastor evangélico gay de 36 anos, veio de São Paula para participar da Parada do Orgulho LGBT+ de Santos pela primeira vez e reforça a necessidade de conscientização e de respeito da sociedade. “É maravilhoso ver a organização e a participação. Santos se reafirma como local de inclusão e diversidade sexual com esta proposta de ir às ruas levando tanta gente”. Ricardo destacou a importância de unir luta, conscientização e festa para combater a homofobia. “Precisamos reviver essa luta constantemente. Não somos um punhadinho, somos cidadãos que constroem e querem respeito.”

 

Esta iniciativa contempla o itens 5 e 10 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Igualdade de Gênero e Redução de Desigualdades. Conheça os outros artigos dos ODS

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Fonte: Prefeitura de Santos


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