Comandado pela petista Cida Gonçalves, o Ministério das Mulheres destinou cerca de R$ 251 mil para um instituto presidido pelo jurista Edvaldo Brito, que é pai do líder do PSD na Câmara, o deputado federal Antonio Brito (BA). A pasta e o instituto alegam que o recurso foi obtido a partir de emenda da deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
A informação sobre o repasse consta em uma reportagem publicada pela coluna de Guilherme Amado, do site Metrópoles, nesta segunda-feira (25). De acordo com o veículo, Edvaldo Brito está atualmente à frente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), que recebeu a verba federal.
Além de ser pai do líder do PSD, Edvaldo também é aliado de longa data de Lula. Em 2003, durante seu primeiro mandato, o petista chegou a cogitar a indicação dele para o Supremo Tribunal Federal. A escolha, porém, foi inviabilizada em razão do fato de que Edvaldo já havia completado 65 anos na época e, por isso, não poderia assumir um lugar na Suprema Corte.
De acordo com a publicação do repasse feita na última quinta-feira (21) no Diário Oficial, a verba custeará um programa do Ibam sobre “o exercício da vereança no estado do Rio de Janeiro e os desafios para as candidaturas femininas”.
À coluna de Guilherme Amado, o instituto afirmou que o programa dá sequência a outros projetos semelhantes e que os valores são oriundos de uma emenda da deputada Benedita da Silva. Já o Ministério das Mulheres alegou que a emenda de Benedita da Silva era impositiva e ressaltou que o Poder Executivo “deve, necessariamente, executar e fiscalizar as programações financeiras”.
Fonte: Pleno.News