Prefeito de Porto Alegre sugere que moradores com casa no litoral deixem a capital

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pediu que os cidadãos com residência no litoral saiam da capital gaúcha temporariamente. A recomendação foi feita neste domingo, 5. O objetivo da estratégia é aliviar a demanda por recursos hídricos na cidade.

Sugerimos também a quem puder viajar para o Litoral em segurança que o faça. É um gesto que pode ajudar a prefeitura a minimizar a pressão sobre o abastecimento e circulação da cidade, uma vez que 70% estão sem água devido à cheia do Guaíba.

+ Leia mais notícias de Brasil em Oeste

Cerca de 70% da população enfrenta uma crise hídrica sem precedentes na capital gaúcha, em virtude das fortes chuvas na região. O Lago Guaíba, por exemplo, atingiu um nível histórico de 5,26 metros.

Esse cenário também levou à suspensão das atividades escolares por três dias, um passo necessário para facilitar o trabalho de equipes de resgate e veículos de emergência.

“O caminhão da prefeitura não pode ter o mesmo tratamento que tem um carro particular”, afirmou Melo. “Agora preciso ter uma cidade mais limpa.”

Vamos decretar a suspensão das aulas na rede pública de ensino e recomendamos a suspensão da rede privada pelo menos até quarta-feira (8). Reduzir a movimentação na Capital é fundamental para a prefeitura poder trabalhar com mais liberdade nas ruas.

O prefeito destacou a gravidade da situação, com a paralisação de quatro das seis estações de tratamento de água por causa das inundações. Uma das instalações mais afetadas foi a estação de captação das ilhas, no bairro Arquipélago. O local, destruído, colocou em risco a capacidade da cidade de tratar e fornecer água potável.

“Só tem uma solução para tratar água nesses quatro lugares e manter o tratamento nas outras duas: tem de baixar o rio”, afirmou o emedebista. “Não é que elas não estão funcionando, elas não podem ser ligadas. Se eu ligar, estouro todo o sistema. E aí não sei se vou levar dez dias, quatro dias, cinco dias para recuperar.”

A complexidade da situação é agravada pela escassez de diesel, essencial para o funcionamento dos caminhões-pipa. Esses veículos têm sido uma alternativa para suprir parte da demanda por água na cidade. O fechamento do aeroporto complica ainda mais o abastecimento de combustível necessário para o uso desses transportadores.

Prefeito de Porto Alegre se reúne com Lula

Nesse contexto de emergência, o prefeito de Porto Alegre se encontrou com diversas autoridades para discutir estratégias de resgate e reconstrução das áreas. Dentre os políticos estão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Eduardo Leite (PSDB) e alguns ministros do governo.

Lula prometeu agilizar o processo burocrático para auxiliar o Estado e anunciou a elaboração de um plano de prevenção a desastres climáticos.

Leia mais: “Agro do Rio Grande do Sul terá prejuízos de bilhões com chuvas no Estado”

Enquanto isso, a prefeitura avalia a contratação de um serviço emergencial de tratamento de água, embora reconheça a complexidade dessa solução. Melo enfatizou a importância de gerir a crise com responsabilidade, dada a incerteza sobre os prazos de recuperação das estações de tratamento.

Além disso, o prefeito apontou áreas específicas da cidade que requerem atenção especial, incluindo os arredores da Arena do Grêmio e a região da Fiergs, onde medidas foram tomadas para evitar o rompimento de diques — responsáveis por evitar inundações.

Ajude a manter online o Litoral Hoje fazendo uma pequena doação por PIX. Utilize a chave PIX CNPJ 45.315.952/0001-32. Ou deposite na conta: Banco Original – 212 – Agência 0001 – Conta 7296983-0. Agradecemos a sua colaboração.

Fonte: Revista Oeste


Você pode gostar também de