Justiça autoriza, e Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá são padrinhos em festa de casamento

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, ambos condenados pelo assassinato da menina Isabella Nardoni em 2008, obtiveram permissão da Justiça de São Paulo e foram padrinhos de uma festa de casamento. O evento ocorreu na sexta-feira 15.

Isabella morreu depois de ser atirada da janela do sexto andar do apartamento em que o casal vivia, em São Paulo. Ela tinha apenas 5 anos. Anna Carolina foi sentenciada a 26 anos de prisão, enquanto Nardoni recebeu pena de 30 anos e 2 meses.

Segundo informações publicadas no portal Metrópoles nesta terça-feira, 18, a dupla solicitou uma autorização judicial específica para comparecer na festa. Pelas regras da Lei de Execução Penal, o casal não poderia ficar fora de casa entre 20h e 6h. Eles também não podem consumir bebida alcoólica.

Para auxiliar no processo, os noivos escreveram uma carta à Justiça, onde alegaram que a presença de Nardoni e Anna Carolina seria “importante demais” em um momento único e especial na vida deles.

Nardoni pôde ir ao evento pois estava usufruindo de sua saída temporária. Ele voltou para a Penitenciária de Tremembé nesta segunda-feira, 18. Já Anna Carolina Jatobá cumpre pena em regime aberto.

Na festa, Nardoni usou um terno, colete, camisa branca e gravata azul-claro. Anna Carolina usou um vestido azul-claro em uma tonalidade parecida com a da gravata do companheiro.

Apesar de a Justiça ter autorizado a presença no casamento, o Ministério Público deu parecer contrário. O promotor Mainardi Neto já sugeriu, inclusive, que Anna Carolina deve usar tornozeleira eletrônica para que possa ser monitorada em regime aberto.

Nardoni está a dias de obter o regime aberto

Em agosto de 2010, Nardoni entrou em regime semi-aberto. Daqui a pouco mais de um mês, no dia 4 de abril de 2024, ele terá cumprido dois quintos da sentença e estará apto a pedir progressão para o regime aberto.

Para garantir sua liberdade, no entanto, deverá fazer exame criminológico e o teste de Rorschach para mostrar como lida com o crime que cometeu. O teste também deve constatar se o preso se arrepende de ter matado a própria filha. A pena de Nardoni só deve terminar em 2035.

Conhecido como “teste do borrão de tinta”, o exame traz dez pranchas brancas, oito delas com manchas abstratas pretas e duas com desenhos coloridos. O psicólogo apresenta uma a uma ao detento, que precisa dizer o que vê em cada uma delas durante duas horas.

É comum que criminosos, principalmente os não-confessos, evitem passar pelo teste por receio de que ele revele elementos como uma personalidade violenta e desejos assassinos. Ao fim da aplicação, o profissional responsável elabora laudos remetidos ao juiz responsável, que leva o resultado em consideração ao decidir se autoriza ou não a liberdade.

Nardoni nunca admitiu ter participado do assassinato de Isabella. No Tribunal do Júri, em 2010, e em todos os exames criminológicos que fez no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, alegou ser inocente.

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Fonte: Revista Oeste


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