Servidores públicos voltam a fazer paralisações por reajuste

Em busca de reajustes salariais, servidores públicos federais voltaram a convocar uma paralisação para esta quinta-feira, 27. O ato é organizado por grupos como o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate).

Está sendo discutida a possibilidade de uma greve geral que seria convocada para o dia 9 de março, caso as negociações com o governo federal não avancem.

As reivindicações de servidores federais de diversos órgãos tiveram início a partir da indicação do presidente Jair Bolsonaro de que apenas carreiras policiais seriam contempladas com reajuste neste ano. No Orçamento de 2022, há R$ 1,7 bilhão reservados para aumento do funcionalismo.

No dia 18 de janeiro, o Sindicato Nacional de Funcionários do  atividades por duas horas para reivindicar reajustes em seus vencimentos. De acordo com os sindicalistas, cerca de 500 funcionários que ocupam funções de chefia já se comprometeram a entregar seus cargos caso as negociações não avancem.

Na quarta-feira 26, os líderes sindicais solicitaram reuniões com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, para tratarem do tema. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também teria sido procurado, mas não respondeu.

Reportagem publicada na Edição 65 da Revista Oeste, em junho do ano passado, mostrou que um salário médio de R$ 29 mil, planos de saúde com cobertura que ultrapassa a da maioria das operadoras na iniciativa privada, abono por assiduidade no serviço, assistência educacional superior à mensalidade de escolas caras, indenização em caso de assalto, garantia de emprego e liberação de alguns dias por ano para exercer atividades sindicais  são algumas regalias que 46 empresas públicas oferecem a seus funcionários. Pela primeira vez, esses privilégios podem ser consultados por todos os brasileiros no Relatório de Benefícios das Empresas Estatais Federais, elaborado pelo Ministério da Economia.

O documento, de 84 páginas, detalha os abonos e as gratificações que os funcionários recebem em empresas e bancos estatais, mostrando como são formatadas algumas das maiores remunerações de um país onde a renda média do cidadão é de R$ 1.380.


Fonte: Revista Oeste


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