Ataques do Hamas: entenda o contexto da escalada de violência no Oriente Médio

O alto escalão do exército israelense acusa o grupo terrorista Hamas, que detém o poder na Faixa de Gaza, de cometer massacres contra a população civil. No dia dos ataques contra Israel, sábado 7, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu prometeu usar força total para “vingar” o ataque terrorista a partir da Faixa de Gaza.

Os serviços de inteligência do Estado de Israel não conseguiram antever que um ataque em larga escala estava sendo preparado pelo Hamas. Os israelenses foram pegos de surpresa.

Entenda o contexto geopolítico da região.

Arábia Saudita e Israel

Os governos israelense e saudita estavam negociando medidas a fim de estabelecer relações diplomáticas formais, sob influência dos Estados Unidos (EUA). Isso porque, caso Israel e a Arábia Saudita se tornem aliados políticos, o Irã, tradicional inimigo de ambos os países, vai ficar mais isolado — o que, inclusive, beneficiaria as potências ocidentais.

Porém, o governo saudita não reconhece o Estado de Israel, criado pelas Nações Unidas em 1948. A Arábia Saudita já chegou a declarar em diversas ocasiões que sustenta a posição histórica da Liga Árabe: não estabelecer relações com Israel até que a questão palestina seja integralmente solucionada.

Entretanto, nos últimos meses, o governo saudita sinalizou que poderia mudar a sua posição em relação aos israelenses, e anunciou o que quer em troca dos acordos diplomáticos com Israel: garantia de segurança dos EUA, e assistência para a consolidação de um “programa nuclear civil”.

Relações diplomáticas de Israel

Desde 2020, o Estado de Israel está fazendo acordos diplomáticos com diversas nações árabes. Hoje, os israelenses são reconhecidos pelos seguintes países:

O bloqueio que Israel impõe à Faixa de Gaza existe desde 2007, quando o grupo terrorista Hamas tomou o poder na região. Porém, o bloqueio à região não é só de Israel. Isso porque o Egito — que também faz fronteira com a região — participa das sanções.

O bloqueio impõe dificuldades ao trânsito de pessoas e à importação de produtos. Em 2009, dois anos depois do início das sanções à Faixa de Gaza, Israel e outros grupos palestinos decretaram um cessar-fogo. As tropas israelenses deixaram a região.

Desde então, Israel evitava enviar contingentes militares à Faixa de Gaza — o governo israelense também não tentou exterminar o Hamas. A ideia era monitorar os terroristas a fim de antecipar o planos do grupo militante extremista islâmico. Porém, o ataque do último sábado prova que o sistema de monitoramento era ineficiente.

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Fonte: Revista Oeste


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