TCU deve intensificar investigações contra Sergio Moro

O Tribunal de Contas da União (TCU) deve intensificar ainda mais as investigações contra o ex-ministro Sergio Moro e sua relação com a consultoria Alvarez & Marsal, para quem o ex-juiz da Lava Jato trabalhou entre novembro de 2020 e outubro de 2021. De acordo com informações divulgadas pela revista Veja, uma nova leva de ações da Corte estaria sendo preparada.

Os novos desdobramentos estariam relacionados com descobertas do tribunal de que a Alvarez teria negócios no setor de energia nuclear, também na mira da Lava-Jato nos tempos de Moro. A partir de um cruzamento de dados, o TCU chegou a um “amigo de Moro” que faz negócios com a consultoria, segundo investigadores. Com isso, a Corte quer quebrar sigilos do novo personagem.

– A vida de Moro piorará dramaticamente – teria relatado um investigador do TCU à Veja.

APURAÇÃO CONTRA MORO NO TCU
Em março deste ano, o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu ampliar apurações relacionadas à atuação do ex-ministro Sergio Moro na Corte de Contas. A decisão, tomada por unanimidade, estava relacionada a dois processos que estão sob relatoria do ministro Bruno Dantas.

Com isso, foi promovida a unificação de dois procedimentos: um deles que investiga possíveis práticas ilegais de Moro quando estava à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba, e o outro que averigua se houve conflito de interesses do ex-juiz ao prestar serviços à consultoria Alvarez & Marsal.

As práticas ilegais de Moro apontadas no processo seriam de revolving door e lawfare. A primeira diz respeito a situações em que servidores públicos assumem cargos de consultoria em áreas nas quais já atuaram anteriormente. Já a segunda seria referente ao uso das leis como forma de prejudicar alguém, especialmente desrespeitando os direitos e garantias do réu.

Em novembro de 2021, o então relator do processo, ministro Aroldo Cedraz, havia se posicionado para arquivar a representação contra Moro. Já o ministro Bruno Dantas, entendeu que os elementos até então obtidos evidenciaram a necessidade de examinar melhor as apurações. Por isso, ele sugeriu manter e aprofundar a investigação em vez de promover o arquivamento.

Moro foi contratado pela Alvarez & Marsall após deixar o Ministério da Justiça em 2020. A consultoria que o contratou recebeu ao menos R$ 65,1 milhões de empresas envolvidas na Operação Lava Jato. Esse valor é 78% de todo o faturamento por administração judicial que a companhia alega ter obtido de 2013 até o ano passado.


Fonte: Pleno.News


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