A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre “não deixar nenhum brasileiro” na Faixa de Gaza recebeu uma resposta da Federação Israelita do Estado de São Paulo. A fala do petista aconteceu na madrugada desta terça-feira, 14, durante o pouso dos 32 repatriados que estavam na Faixa de Gaza.
“A gente vai tentar fazer todo esforço que estiver ao alcance da diplomacia brasileira para tentar trazer os brasileiros que lá estão e que querem voltar ao Brasil”, disse o petista. “Enquanto tiver a possibilidade de tirarmos uma pessoa, nem que seja uma só pessoa da Faixa de Gaza, estaremos à disposição para mandar buscar as pessoas. Nós não vamos deixar nenhum brasileiro ficar lá.”
Em resposta, a organização compartilhou nas redes sociais fotos dos brasileiros que foram mortos durante o ataque do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro. “É crucial lembrar daqueles que já ficaram para trás, vítimas do ataque terrorista de 7 de outubro. Essas histórias precisam ser lembradas”, informou a publicação.
Nas imagens, é possível ver Bruna Valeanu, Ranani Glazer e Karla Stelzer, mortos pelos terroristas durante uma festa rave próxima à Gaza. As fotos ainda mostram Celeste Fishbein, filha e neta de brasileiros, também morta na ação do grupo extremista, mas que não possui cidadania brasileira.
As 32 pessoas que chegaram a Brasília faziam parte da primeira lista de autorizados a cruzar a fronteira com o Egito para deixar Gaza. Lula disse que articula a possibilidade de um segundo grupo sair do local para “não deixar nenhum brasileiro ficar lá”. Na publicação, a federação considerou que o governo deixou quatro vítimas para trás.
Essa não foi a única fala de Lula que repercutiu. Ainda nesta madrugada, o presidente afirmou que, assim como o Hamas, Israel teria cometido atos de terrorismo.
Em resposta, a Confederação Israelita no Brasil (Conib) informou que o presidente brasileiro foi além de cometer um erro ao tentar equiparar as ações criminosas por parte do movimento terrorista e Israel.
“A fala de hoje do presidente Lula, equiparando as ações de Israel às do grupo terrorista Hamas, é equivocada e perigosa”, afirmou a Conib, por meio de postagem no Twitter/X.
Fonte: Revista Oeste