Odebrecht protocola pedido de recuperação judicial, com dívida de US$ 4,6 bilhões

Nesta quinta-feira, 27, a Odebrecht Engenharia e Construção protocolou na Justiça um pedido de recuperação judicial. A empresa tem dívida de US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 25,3 bilhões, na cotação atual). 

A Odebrecht deve principalmente bônus emitidos no mercado externo, os quais já foram alvo de renegociação em 2020. Agora, se o pedido for aprovado pela Justiça, a empresa terá 60 dias para apresentar aos credores um plano de recuperação. 

Ao jornal Valor Econômico, o diretor financeiro da construtora, Lucas Cive, disse que uma “parcela expressiva” dos detentores dos bônus aceitaram o movimento e que ele está confiante em um rápido andamento. 

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Segundo o site, paralelamente à recuperação judicial, a Odebrecht ainda planeja fechar um financiamento de R$ 650 milhões, na modalidade Debtor in Possession(DIP). Ela garante a prioridade do pagamento do financiamento dentro da recuperação. 

“O grande desafio da companhia é a estrutura de capital”, disse Cive ao Valor. “O objetivo principal do DIP é reestruturar os passivos e injetar capital novo na empresa, principalmente capital de giro.”

A dívida da Odebrecht 

Entre 2004 e 2014, a Odebrecht emitiu títulos de renda fixa norte-americana para que investidores os adquirissem. Os chamados bonds representam uma forma de dívida, e, no caso da construtora, o saldo dos empréstimos está no valor de US$ 4 bilhões. 

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Esses bônus do mercado externo já haviam sido renegociados em 2020, em operação que firmou compromisso de pagamento em um período de 4,5 anos. Dessa forma, o primeiro vencimento se daria em outubro deste ano, no valor de US$ 55 milhões. 

O executivo ouvido pelo Valor afirmou que a negociação sobre o compromisso de outubro estava em pauta com credores desde o segundo semestre do ano passado. Segundo Cive, a construtora já vinha negociando com os credores desde o segundo semestre do ano passado.

Além dos US$ 4 bilhões, a Odebrecht tem em aberto outros US$ 600 milhões de passivos operacionais, frutos de operações antigas. Todo esse valor deve passar pela recuperação e ser renegociado. O processo engloba apenas a operação da empreiteira no Brasil, ou seja, a medida não afeta suas subsidiárias internacionais.

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Fonte: Revista Oeste


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