Brasil aposta em energia transformada da onda do mar: uma alternativa renovável e sustentável

Em meio às discussões globais sobre a urgência da transição energética, o estado do Ceará emerge como um exemplo brasileiro de inovação no setor.

O foco agora está em uma fonte até então pouco explorada no Brasil: a energia ondomotriz, captada a partir do movimento das ondas do mar.

O estado do Ceará não é novato quando se fala em energia renovável. Com 98 parques eólicos em funcionamento, ele é o quarto maior produtor de energia eólica do Brasil. No entanto, o desejo de diversificar a matriz energética do estado agora inclui o aproveitamento da energia das ondas.

Localizada no município de São Gonçalo do Amarante, a 60 km da capital Fortaleza, a primeira usina ondomotriz da América Latina está situada ao lado leste do quebra-mar do porto de Pecém.

Este é um ponto estratégico, com diversas empresas nacionais e internacionais realizando grandes negócios e apostando em projetos sustentáveis.

O projeto de energia ondomotrizcearense começou a ser pensado em 2004 e teve sua primeira fase orçada em 3 milhões de dólares. A usina foi construída com tecnologia 100% nacional e planejada em módulos, permitindo futuras expansões.

Segundo estimativas iniciais, a usina teria a capacidade de gerar até 100 kW de energia, suficiente para abastecer cerca de 60 casas de padrão médio no estado.

A usina funciona com flutuadores conectados a um braço mecânico e uma bomba hidráulica. Conforme os flutuadores sobem e descem com o movimento das ondas, o braço mecânico se movimenta, ativando a bomba e gerando energia elétrica.

Mas, como qualquer tecnologia em fase de maturação, a energia ondomotriz enfrenta desafios. A impermeabilização dos componentes e a eficiência ainda estão em teste.

O Brasil possui um vasto litoral, com mais de 7.000 km de extensão. Estudos da UFRJ e da Universidade Federal do ABC apontam um potencial teórico de até 91,8 GW de energia ondomotriz no país. No entanto, obstáculos como impactos ambientais, rotas marítimas e áreas de pesca poderiam reduzir esse número para aproximadamente 44 GW.

Apesar dos desafios, a energia ondomotriz no Ceará é vista como um passo promissor para um futuro mais sustentável. Se bem-sucedida, esta tecnologia poderia não apenas diversificar a matriz energética do estado, mas servir de modelo para outros locais do Brasil e até mesmo para outros países.

O projeto cearense pode ser uma luz no fim do túnel para o dilema energético que o mundo enfrenta. A necessidade de alternativas renováveis e sustentáveis nunca foi tão urgente, e o Ceará mostra que está antenado com essa realidade.

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Fonte: Click Petróleo e Gás


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