Irã alerta Israel que outras partes poderiam ‘tomar ações’
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, considerou neste domingo, 28, que Israel ultrapassou as “linhas vermelhas” ao intensificar sua ofensiva na Faixa de Gaza. Segundo o presidente, isso “poderia pressionar” outras partes a “tomar ações.”
“Os crimes do regime sionista ultrapassaram as linhas vermelhas, o que pode levar outros a tomar medidas”, alertou Raisi em uma mensagem publicada no Twitter/X. “Washington pediu que não fizéssemos nada, mas eles continuam prestando grande apoio a Israel.”
Em uma entrevista à rede Al Jazeera, o presidente indicou que “o Irã considera que é seu dever” apoiar “o eixo da resistência”, que inclui grupos armados como o Hamas ou o Hezbollah.
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Terroristas do Hamas receberam treinamento no Irã
O jornal The Wall Street Journal (WSJ), dos Estados Unidos, divulgou, na última quarta-feira, 25, que 500 terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica, grupo aliado, receberam treinamento especializado no Irã um mês antes dos ataques de 7 de outubro. A publicação afirma, ainda, que os iranianos ajudaram a planejar a invasão ao território israelense.
O jornal norte-americano diz ter obtido as denúncias por meio de “pessoas familiarizadas com informações de inteligência relacionada ao ataque”.
De acordo com o veículo de comunicação, o treinamento foi conduzido pelos oficiais da Força Quds — braço de operações estrangeira do Corpo de Guardas Revolucionários Islâmicos (CGRI), do Irã. Entre eles, estaria o brigadeiro-general Esmail Qaani, chefe da corporação, além de altos-comandos palestinos.
Cerca de 1,4 mil pessoas morreram em Israel, a maioria civis, no ataque do Hamas, que também sequestrou 230 pessoas, de acordo com autoridades israelenses.
Os terroristas afirmaram que mais de 8.000 palestinos foram mortos desde 7 de outubro por bombardeios israelenses.
Fonte: Revista Oeste