O ator Pedro Paulo Rangel morreu na madrugada desta quarta-feira (21), aos 74 anos, em um hospital no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o final de outubro.
Ele tratava um enfisema pulmonar desde 2002 – Pedro era ex-fumante.
Pedro Paulo Rangel nasceu em 29 de junho de 1948, no Rio, começou a fazer teatro ainda criança e estreou profissionalmente aos 20 anos, na montagem original de “Roda Viva”, de Chico Buarque, com direção de Zé Celso, figura emblemática do teatro paulistano.
Em 1977 ele esteve na montagem original de “Saltimbancos”, junto de Marieta Severo e Grande Otelo. Ainda no começo da carreira, Pedro Paulo atuou em outros clássicos como “Romeu e Julieta”, “Galilei Galilei” e “O Beijo no Asfalto”.
Em 1969 ele estreou na TV, em uma novela da Tupi, “Super Plá”, e em 1975 protagonizou o primeiro nu masculino da televisão brasileira, na novela “Gabriela” – na cena, seu personagem é jogado na rua pelado pelo marido da mulher de quem ele era amante.
No mesmo ano fez “O Noviço”, seu primeiro personagem principal. Ele esteve em novelas icônicas como “Saramandaia” (1978), “Vale Tudo” (1988) e em “Pedra sobre Pedra”, interpretando Adamastor, um dos primeiros personagens abertamente gays da TV brasileira.
Fez também “A Indomada” (1997), “Pecado Capital” (1998), “O Cravo e a Rosa” (2000), e “Belíssima” (2005), dando vida para Argemiro Falcão, irmão da vilã Bia Falcão (Fernanda Montenegro).
Sua última novela foi “Amor Eterno Amor”, de 2012. Desde então ele se dedicava ao cinema e principalmente ao teatro.
No humor, onde ficou bastante conhecido, Pedro Paulo estreou em “Viva o Gordo” (1981) e dez anos depois estava na “TV Pirata”. Se destacou em “A Invenção do Brasil”, sátira do descobrimento exibida em 2000, e na série “Os Aspones”, de 2004.
Também fez participações especiais em séries cômicas como “A Diarista”, “Sob Novas Direção”, “A Grande Família” e “O Dentista Mascarado”.