Após criticar ‘censura da toga’, colunista da Folha tem contrato encerrado
O engenheiro, especialista em finanças e presidente do Instituto Mises Brasil, Hélio Beltrão, não é mais colunista da Folha de S.Paulo.
O anúncio de seu afastamento foi divulgado por ele mesmo, nas redes sociais, ao reproduzir um comunicado do veículo de comunicação:
“Atenção: a partir de hoje quarta não tem”, escreveu, em referência ao dia da semana em que costumeiramente sua coluna era publicada.
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Beltrão vinha apontando os absurdos impostos pela ‘censura da toga’, que há mais de um ano silencia, suspende, desmonetiza e até prende, pessoas comuns, políticos, contas e canais na Web e veículos de comunicação.
Sua primeira coluna mais contundente a respeito do tema foi em outubro, dias após o primeiro turno das eleições, em uma dura crítica ao STF e ao TSE:
“A censura e o princípio autoritário – Ao remover conteúdo e interferir nas eleições, TSE perde legitimidade”, dizia o título do texto de Hélio Beltrão.
O primeiro parágrafo, incisivo apontava a gravidade do fato:
“A censura tem se alastrado de maneira assustadora no Brasil. Não se imaginava há alguns anos que a liberdade de expressão, consagrada na Constituição, estaria sob ataque feroz neste 2022. Estávamos errados. A censura ressurgiu e paradoxalmente tem o apoio ou a racionalização de inúmeros jornalistas e, também, da maior parte da esquerda…”
O texto encerrava com uma triste constatação:
“O STF e o TSE, ao agirem como árbitros sobre a veracidade e falsidade de assertivas de cunho político, correm risco de perder a confiança da população na sua independência e legitimidade.
Enquanto não virarmos a China, a internet —graças a Deus e ao capitalismo— vencerá a censura.”
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Em 8 de novembro, ele publicaria em suas redes a foto do ex-secretário da Receita, Marcos Cintra, com a frase:
“Atenção: Não pode falar Brazil was stolen”
Era uma referência à censura imposta a Cintra, que teve suas redes derrubadas e foi intimado a se explicar, logo após tecer críticas construtivas ao processo eleitoral.
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No dia seguinte, com a mesma frase como título, Beltrão publicaria a opinião que levaria ao fim de seu ciclo na Folha.
O texto, não se sabe se por coincidência ou de forma proposital, não está mais acessível, mas temos o print:
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Horas antes de ser comunicado sobre o fim de sua coluna, Beltrão ainda publicaria uma outra mensagem em suas redes, dessa vez apontando o encontro que pode tornar a censura uma ferramenta permanente e regida por lei, no pedido de Alexandre de Moraes a Lula, que assume a presidência a partir de 1º de janeiro.
“Este sujeito pequeno quer uma lei mais ditatorial que a Lei da Imprensa do regime militar e a encomendou a Lula”, concluiu.
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Teria sido essa última provocação, a gota d’água para os censores, ofendidos em seu íntimo?
Não é possível provar, mas pode ser presumido que a Folha foi cobrada, de alguma forma, pelas críticas e, ao se ver censurada, ao invés de resistir e denunciar, preferiu, ela mesma, também censurar.
Uma forma covarde de se proteger…
Algo que o Jornal da Cidade Online se recusa a fazer.
Pois uma censura ainda pior nos foi imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Fonte: Jornal da Cidade