Saiba quem são as vítimas do ciclone que atingiu o RS em setembro

A passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul na noite de segunda-feira (4) deixou pelo menos 47 mortos e oito desaparecidos no estado até esta terça-feira (12). 

As cidades do Vale do Taquari concentram a maior parte das mortes. Pelo menos 16 pessoas morreram e quatro estão desaparecidas na cidade de Muçum, a 157 km de Porto Alegre. 

Outras duas pessoas desapareceram em Lajeado. Há ainda uma pessoa desaparecida em Roca Sales e outra em Arroio do Meio. 

A reportagem do g1 apurou, junto às prefeituras e à Defesa Civil, a identidade de parte dessas vítimas. 

A principal causa das mortes reportada foi afogamento. Com a cheia dos rios, casas e pessoas foram arrastadas pela correnteza. 

Carlos (acima, à esquerda), Leandro (acima, à direita), Helena e Evandro são vítimas da tragédia — Foto: Montagem 

Neri (acima, à esquerda), Cristiano, Delve, Fátima e Moacir (na foto com a esposa, Eunice) são vítimas do ciclone — Foto: Montagem 

 

 

Cristiano Schuler morreu em Mato Castelhano — Foto: Arquivo pessoal 

Cristiano Schusler, de 41 anos, morreu em Mato Castelhano após a caminhonete em que ele estava ser levada pela correnteza. Uma outra pessoa, que também estava no carro, conseguiu sair do veículo por conta própria e está segura, segundo os bombeiros. 

De acordo com a prefeitura de Mato Castelhano, ele era solteiro, trabalhava como agricultor e morava com a mãe em Nossa Senhora de Lourdes, no interior do município. Schusler foi velado durante a segunda-feira e sepultado na manhã de 5 de setembro. 

Vítima foi encontrada pelos bombeiros após chuva em Mato Castelhano — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação 

Em Passo Fundo, Neri Roberto Gonçalves da Silva, de 67 anos, morreu após receber uma descarga elétrica durante o temporal. Ele estava em casa e foi resgatado por familiares. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Doutor César Santos, mas não resistiu. 

Neri Roberto Gonçalves da Silva, de 67 anos, vítima de Passo Fundo — Foto: Arquivo Pessoal 

Em Ibiraiaras, duas pessoas morreram ao ficarem presas dentro de um veículo. Segundo a Defesa Civil, elas tentavam atravessar um rio, e o veículo foi levado pela correnteza. Elas foram identificadas como Delve Francescatto e Fátima Godoi Francescatto. De acordo com a prefeitura do município, os dois eram agricultores e deixam duas filhas. 

Carro em que estavam Delve Francescatto, de 50 anos, e Ironi de Fátima Godoi Francescatto, de 44 anos, foi destruído pela água — Foto: Reprodução/RBS TV e redes sociais 

Em Estrela, duas pessoas morreram. Moacir Engster, de 57 anos, morreu ao ser atingido por uma descarga elétrica na manhã de 5 de setembro. 

De acordo com relatos, ele tentava salvar dois cachorros em uma agropecuária da qual era dono. Ele era pai de um secretário municipal de Teutônia, cidade vizinha, que confirmou a morte. 

 

 

Moacir Engster, uma das vítimas da enchente que atingiu o Rio Grande do Sul — Foto: Arquivo pessoal 

Em Lajeado, Maria da Conceição Alves do Rosário, de 50 anos, morreu durante o resgate. Ela e o policial militar que tentava salvá-la foram içados por um cabo, com a ajuda de um helicóptero, quando o cabo se rompeu e os dois caíram no rio. Maria morreu e o policial ficou ferido. 

 

 

Evandro Bertoldi morreu em Muçum de segunda pra terça-feira. — Foto: Arquivo pessoal 

Em Muçum, Evandro Bertoldi, morreu de segunda (4) para terça (5), enquanto tentava salvar um cãozinho que se afogava. Segundo seu filho, Leandro, ele estava na casa de um amigo, quando viu o animal sendo levado pela correnteza. Foi resgatá-lo, mas não voltou mais. 

Também em Muçum, pai e filho morreram nas enchentes: Danilo e Vagner Lourenzi

Vagner (embaixo, à dir.) e Danilo Lourenzi (acima, à esq.) — Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal 

Helena Bronzanini, de 97 anos, também morreu. 

Helena Bonzanini — Foto: Arquivo pessoal 

Outra moradora de Muçum que faleceu foiClaire Bonatto, de 87 anos. Segundo familiares, ela morava sozinha, em uma casa de dois andares, mas não conseguiu se salvar. 

Leandro Menegildo, de 43 anos, era morador de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e morreu em Muçum. Segundo o sobrinho, Patrick Menegildo da Silva, Leandro havia ido até a cidade onde a mãe morava. 

Leandro Menegildo morreu em Muçum — Foto: Arquivo pessoal 

Leandro foi enterrado em Canoas. Ele deixa uma filha de 15 anos. 

Alvaro Pietta, de 75 anos, Beatriz Pietta, de 72, e Macximiliano Pietta, de 46, eram pai, mãe e filho. Os três morreram em Muçum. 

Alvaro Pietta (à dir.), de 75 anos, Beatriz Pietta, de 72, e Macximiliano Pietta, de 46, eram pai, mãe e filho. Os três eram moradores de Muçum — Foto: Montagem / Arquivo Pessoal 

Ana Mari Picolli Zílio tinha 67 anos e teve o corpo encontrado em Colinas. Contudo, de acordo com a prefeitura de Muçum, ela era moradora de Linha Alegre, localidade do município. 

Ana Mari Picolli Zilio tinha 67 anos e teve o corpo encontrado em Colinas. Contudo, de acordo com a prefeitura de Muçum, ela era moradora de Linha Alegre, localidade do município — Foto: Arquivo Pessoal 

Sérgio Zílio tinha 66 anos e era morador de Muçum. Ele foi velado no sábado no próprio município e deixou dois filhos. 

 

 

Sérgio Zílio tinha 66 anos e era morador de Muçum. Ele foi velado no sábado no próprio município e deixou dois filhos — Foto: Arquivo pessoal 

Claudiomiro Luis Trindade tinha 54 anos e era funcionário da prefeitura de Muçum. Ele foi velado no município no último domingo (10). 

 

 

Claudiomiro Luis Trindade tinha 54 anos e era funcionário da prefeitura de Muçum. Ele foi velado no município no último domingo (10) — Foto: Arquivo pessoal 

Joeci Maria Filiceti tinha 64 anos, era moradora de Muçum e foi velada no sábado em Vespasiano Corrêa. Ela deixou dois filhos. 

 

 

Joeci Maria Filiceti tinha 64 anos, era moradora de Muçum e foi velada no sábado em Vespasiano Corrêa. Ela deixou dois filhos — Foto: Arquivo pessoal 

Sebastião Nunes de Oliveira tinha 60 anos e era morador de Muçum. Ele foi velado no sábado em Vespasiano Corrêa e deixou seis filhos. 

 

 

Sebastião Nunes de Oliveira tinha 60 anos e era morador de Muçum. Ele foi velado no sábado em Vespasiano Corrêa e deixou seis filhos — Foto: Arquivo pessoal 

Genecilde de Freitas tinha 62 anos e era moradora de Muçum. Ela foi velada no sábado em Vespasiano Corrêa e deixou sete filhos. 

 

 

Genecilde de Freitas tinha 62 anos e era moradora de Muçum. Ela foi velada no sábado em Vespasiano Corrêa e deixou sete filhos — Foto: Arquivo pessoal 

Zilda Bonatto Amaral tinha 90 anos e era moradora de Muçum. Ela foi velada no sábado em Vespasiano Corrêa e deixou três filhas. 

 

 

Zilda Bonatto Amaral tinha 90 anos e era moradora de Muçum. Ela foi velada no sábado em Vespasiano Corrêa e deixou três filhas — Foto: Arquivo pessoal 

Em Roca Sales, Carlos Alberto Tremarin, de 54 anos, morreu enquanto tentava salvar a mãe e o cachorro. 

Segundo a família, no momento em que a água começou a subir ele colocou a mãe, de 89 anos, em um barco. 

Após socorrê-la, foi atrás do cachorro e o colocou no telhado de casa, mas não conseguiu subir junto e se afogou. Segundo seu sobrinho, João Tremarim, Carlos Alberto era aposentado e durante anos trabalhou em uma empresa calçadista da cidade. “Não tinha filhos, mas anos atrás ele resgatou o cachorro das ruas e tratava como filho”.

 

Carlos Tremarin, 54 anos, morreu em Roca Sales — Foto: Reprodução 

Também em Roca Sales, faleceu Waldir Conzatti. Ele tinha 74 anos e foi sepultado no município no domingo (10). 

Waldir Conzatti tinha 74 anos e faleceu em Roca Sales, sendo sepultado no município no domingo (10) — Foto: Arquivo pessoal 

Arte mostra mapa com cidades do Rio Grande do Sul atingidas por ciclone extratropical — Foto: Arte/g1

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Fonte: TBN


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