Ação conta história de três meninas negras com o objetivo de levar às escolas reflexão sobre aceitação e diversidade cultural
Uma história emocionante foi apresentada aos alunos da Escola Municipal Angelina Daige (Vila Áurea), sobre a vida de três meninas negras (Nala, Gimbia e Rosa Luanda), que se reconhecem como princesas, por meio do resgate de suas ancestralidades e do modo como são amadas.
Idealizado por Juliana Sanz, o Projeto Princesas Negras aconteceu no início do mês e leva reflexão sobre aceitação e amor próprio, por meio de um vídeo dirigido por Ariadne Moreno, e oficinas interativas.
Quem se identificou com a apresentação foi a aluna Kemilly Santos, de 9 anos. “Tenho cabelo enrolado e as princesas da história também. Gostei muito desse dia e me diverti nas atividades, porque pude pular e brincar com as minhas amigas”. Cerca de 300 alunos, do 2º ao 4º ano da unidade conferiram o Projeto.
O “Princesas Negras” na Escola Municipal Angelina Daige começou através da contação de história no pátio da escola. Em seguida, os alunos participaram das oficinas de capoeira. Nesta, as crianças imitavam os movimentos, com um bracinho na frente cobrindo o rosto, e a perninha contrária na pontinha do pé para trás, depois iam trocando e também se divertindo com a prática.
Na sequência, os estudantes puderam participar da oficina de expressão corporal, em que foram orientadas a fazerem movimentos lúdicos para despertar seu imaginário criativo. Logo depois, chegou a vez da confecção da boneca de pano Abayomi, feita de vários nós, com os pedacinhos de tecido para eles distribuídos.
A diretora da Unidade, Elizabeth Sá de Araújo, se emocionou ao ver o pátio cheio novamente. “O Projeto reforça valores trabalhados com os alunos diariamente, como respeito ao próximo mas, de forma lúdica e interativa, além de envolver todas as disciplinas no aprendizado deles”.
“Poder levar arte e cultura para dentro da escola é de extrema importância para o desenvolvimento das crianças que estão retomando as aulas, após dois anos de pandemia”, relatou Juliana Lima, atriz que interpreta Rosa Luanda no Projeto. “Iniciar com a apresentação no Angelina Daige foi muito gratificante e já recebemos retorno positivo de pais e professores”, acrescentou.
Guarujá foi a primeira cidade da Baixada Santista a receber o projeto. A inspiração para a iniciativa surgiu a partir do livro “Meu crespo é de rainha”, da escritora Bell Hooks. O Princesas Negras tem a aprovação do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (Proac).
Fonte: Prefeitura de Bertioga