Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, nesta quinta-feira, 19, a primeira ação de Bolsonaro contra o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin, que poderia levar à inelegibilidade.
Conforme o TSE, não houve abuso de poder político nem uso indevido dos meios de comunicações na contratação de anúncios no Google pela campanha do PT.
Durante a disputa eleitoral do ano passado, o partido veiculou no buscador um texto em formato jornalístico segundo o qual “Lula foi absolvido”.
O conteúdo citava que o “STF, a ONU e até a Globo já reconheceram que Lula foi julgado sem crime”. No material, há também um vídeo de um influenciador digital chamado “VAR”, responsável por explicar a “farsa da prisão de Lula”, enquanto debate com um homem.
“Já está mais do que comprovada a perseguição política e midiática da qual ele foi vítima e o lawfare praticado pela Lava Jato”, informa trecho do texto. “Sobretudo, como disse Willian Bonner, o ex-presidente não deve mais nada à Justiça, acumula 26 vitórias judiciais, em absolutamente todos os processos.”
Adiante, a “reportagem” ataca o ex-ministro Sergio Moro, que atuou como juiz na Lava Jato, chamando-o de “ladrão”. “Lula foi preso em 2018 para que Jair Bolsonaro pudesse vencer as eleições”, assegura a propaganda. “Craque que é, se Lula estivesse em campo, Bolsonaro não teria chance. E, mais, depois de prender o craque e retirá-lo da disputa, Moro virou ministro de Jair Bolsonaro.”
Ação de Bolsonaro no TSE que poderia levar à inelegibilidade de Lula
Segundo a acusação de Bolsonaro, teria existido “divulgação de anúncio que busca encobrir e dissimular a verdade dos fatos”.
Conforme a defesa do ex-presidente, Lula e Alckmin teriam feito uso “mercantil” dos algoritmos do Google para limitar alcance de resultados relacionados a corrupção envolvendo os candidatos.
O vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, contudo, emitiu um parecer pela rejeição do processo movido por Bolsonaro.
Fonte: Revista Oeste