Ministério da Fazenda: Haddad revela bolão do PT para sua queda

Nesta quarta-feira, 27, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), revelou detalhes sobre os bastidores do petismo. O ministro falou que havia sido alvo de um “bolão” do PT sobre o seu tempo de permanência à frente da Fazenda.

“Fizeram um bolão no PT de quanto tempo eu duraria aqui. Deve ter tido na Faria Lima também. Eu gostaria que o Brasil estivesse em outra situação, de menos oposição e mais união e reconstrução”.

O petista também falou sobre o seu anseio de ser ministro da Fazenda, cargo que, de acordo com o político, era um sonho antigo. “Tenho muita dificuldade de fazer alguma coisa que não tenha paixão”, disse Fernando Haddad.

Haddad: ‘Sonhar com a presidência não faz bem à saúde’

Em sua trajetória política, o atual ministro da Fazenda já foi prefeito de São Paulo e também liderou a pasta da Educação durante o segundo mandato de Lula. Seu ingresso na alta cúpula do partido fez do ministro candidato à presidência da República em 2018. Na ocasião, Lula não pôde concorrer porque estava atrás das grades por corrupção.

“Eu tenho saudade de tocar violão, ler mais, ficar com meus filhos, mas foi a tarefa que assumi a convite do presidente”.

À CNN, Haddad disse que “sonhar com a presidência não faz bem à saúde”.

Ministro quer ‘corrigir rota’ de intervencionismo do PT

Haddad afirmou ainda que vai atuar a fim de “mediar conflitos” e “pacificar os ânimos” no governo depois que o mercado fez queixas sobre as intervenções do governo Lula. Ele disse também que esteve ausente nos casos de intervenção estatal na Petrobras, Eletrobras e Vale; mas que agora pretende participar mais a fim de “corrigir a rota quando ela estiver equivocada”.

“Eu estava distante desse debate, estou menos distante agora, quero fazer esse tipo de mediação. Não vejo nenhum problema em corrigir a rota quando estivermos passando uma mensagem equivocada”.

O ministro comentou sobre o recente episódio da retenção dos dividendos da Petrobras, intervenção estatal que levou a empresa a perder bilhões de valor de mercado. Ele disse que foi um “ruído de comunicação”, e que a situação da empresa ainda está sob análise.

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Haddad também defendeu os planos do governo de intervir mais ativamente na Eletrobras — mas sem mencionar reestatização. “Me parece absolutamente natural discutir a representação do governo no conselho da Eletrobras, tanto que estão ocorrendo reuniões de conciliação sobre esse assunto”, concluiu o ministro.

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Fonte: Revista Oeste


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