Haddad critica gestão de Bolsonaro durante a pandemia

O ex-prefeito Fernando Haddad (PT-SP), candidato ao governo de São Paulo nas eleições de 2022, criticou nesta segunda-feira, 10, em debate promovido pela TV Bandeirantes, a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia de covid-19. Segundo o petista, o Brasil apresentou resultados insatisfatórios na contenção do coronavírus.

“Meu adversário dirá que Bolsonaro fez pouco caso da vacina?”, perguntou Haddad, referindo-se ao ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos). “Ele atrasou em 40 dias a aplicação da primeira vacina. Nesse período, mais de 100 mil mortes poderiam ter sido evitadas.”

Segundo o portal Our World in Data, o Brasil está na 19ª posição no ranking mundial de mortes proporcionais pelo coronavírus — 3,1 mil a cada 1 milhão de habitantes. Peru (6,4 mil a cada 1 milhão de habitantes), Bulgária (5,4 mil a cada 1 milhão de habitantes) e Bósnia e Herzegovina (4,9 mil a cada 1 milhão de habitantes) estão no topo da lista.

A política de vacinação do Ministério da Saúde obteve resultado satisfatório, a despeito das críticas. O Brasil é o quinto país que mais vacinou no mundo, em termos absolutos: quase 188 milhões de pessoas. Apenas Indonésia (204 milhões), Estados Unidos (263,8 milhões), Índia (1 bilhão) e China (1,3 bilhão) apresentam taxas superiores.

O Brasil também é o quinto país com a maior taxa da população com esquema vacinal completo (87%), à frente de Espanha, Itália, Japão, França, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, México, Israel e Rússia. Uruguai (88%), China (91%), Vietnã (92%) e Chile (93%) lideram o ranking.

Haddad disse que os cidadãos não poderiam “fechar os olhos” e ignorar que a vacinação no país está diminuindo. “Está voltando a poliomielite”, ressaltou. “Isso é paralisia infantil. Doenças que estavam acabadas no Brasil estão voltando. E não se faz campanha sobre o assunto.”

Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu o Ministério da Saúde de transmitir na TV uma campanha para incentivar a vacinação de crianças contra a poliomielite. O material seria publicado na sexta-feira 7, com um pronunciamento do ministro Marcelo Queiroga.

A Secretaria de Comunicação Social pediu autorização para transmitir a peça publicitária em 30 de setembro. Contudo, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, negou a solicitação.

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Fonte: Revista Oeste


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