Felipe D’Ávila defende maior número de candidatos na terceira via para impedir vitória de Lula no 1º turno

RENATO S. CERQUEIRA/ESTADÃO CONTEÚDOFelipe D’Ávila, pré-candidato à presidência da República pelo Partido Novo e cientista político

Nesta quinta-feira, 13, o pré-candidato à presidência da República pelo Partido Novo e cientista político Felipe D’Ávila concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. Na pesquisa de intenção de votos divulgada na última quarta, o presidenciável pontuou apenas 1% e a polaridade entre Lula e Bolsonaro se manteve, apontando o ex-presidente petista com uma vantagem sobre todos os oponentes e chance de vencer a eleição já no primeiro turno. D’Ávila falou que as pesquisas não são muito decisivas neste momento, mas que para impedir a vitória de Lula no primeiro turno é necessário que ‘terceira via’ não se alie, mas que haja mais opções. “Se realmente Lula estiver liderando do jeito que estão as pesquisas é importante que tenha mais candidatos na eleição, porque quanto mais votos tiver, nem que seja 1%, 2% ou 3%, você provoca um segundo turno. Se todo mundo desiste da campanha e Lula tá na frente, ele pode ganhar no primeiro turno, o que seria um desastre. A estratégia é o oposto, ao invés de unir a terceira via neste momento, se o que está nas pesquisas é verdadeiro, o que nós precisamos é ter mais candidatos”, opinou.

Para o pré-candidato, quando as campanhas começarem, o eleitor vai querer saber das propostas para resolver os problemas da economia e reduzir o desemprego. “As pesquisas são apenas indicadores. Nesse momento em que 50% da população brasileira não tem nem eleição presidencial no radar, é uma coisa apenas para dar um sinal de onde as coisas estão indo. A coisa mais importante, longe das eleições, nas pesquisas não é quem está na frente, quem está liderando, é o índice de rejeição, porque ele mostra aquele candidato que a pessoa diz que não vai votar de jeito nenhum. Agora, as campanhas nem começaram. E o que vai fazer diferença, e eu concordo com a análise que vocês vêm fazendo, é a discussão de propostas. O brasileiro quer saber como é que nós vamos tirar o Brasil dessa inflação de 10%, desse recorde de desemprego e da estagnação econômica. Como vai gerar renda e emprego? Essa é a pergunta que os eleitores vão estar atentos nos seus candidatos”, pontuou. Questionado se votaria em Bolsonaro ou Lula, em um segundo turno, ele não optaria por nenhum dos dois. “Eu já disse, eu voto nulo”, declarou.

Sobre o distanciamento do eleitor do Partido Novo após as eleições de 2018, que teve João Amoedo como presidenciável, D’Ávila disse que a legenda está lançando um movimento chamado “Brasil em Movimento” (BEM), cujo objetivo é aproximar a população, na tentativa de recuperar o apoio do eleitorado e conquistar novos votos. “Nós vamos conversar com as pessoas. Todas as candidaturas presidenciais que furaram bolha e eram considerados outsiders e ganharam eleição foram movimentos para ouvir as pessoas. E o Novo tem isso no seu DNA, esse espírito de movimento, de ir para a rua, conversar, falar, mobilizar as pessoas. É isso que nós vamos fazer. Foi assim que o Macronn ganhou na França, o Obama nos Estados Unidos. Eram movimentos de engajar as pessoas na política, no debate político. E é isso que nós vamos fazer no Partido Novo. É assim que nós vamos resgatar a nossa base de apoiadores e explorar o que há de melhor no Novo, a sua capacidade de mobilizar a sociedade”, explicou.

Ele destacou suas principais bandeiras na campanha eleitoral: a abertura da economia brasileira: “nenhuma país ficou rico com a economia fechada”; privatização: “o governo Bolsonaro prometeu e não fez nenhuma. Vamos privatizar tudo, todas as empresas. O Brasil tem mais de 200 estatais. Se a gente vender as quatro maiores, Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica e Eletrobras, se acabam com 150 estatais. E o resto tem estatal que é lixo, que vai ter que fechar mesmo”; e cuidado com o meio-ambiente: “Não dá para crescer se nós não olharmos para o meio-ambiente, porque hoje R$ 50 trilhões, dois terços do investimento do mundo tem um carimbo, ou tem investimento sustentável no país ou não tem dinheiro”, pontuou.


Fonte: Jovem Pan


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