Procuradoria-Geral da República afirma que Monark desrespeita a Justiça ‘de modo reiterado’

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que o youtuber Bruno Aiub, o Monark, desrespeita a Justiça de modo reiterado. Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 25, o órgão pede que a Polícia Federal (PF) aprofunde suas investigações sobre o influenciador digital.

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De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não há indícios suficientes para que Monark seja denunciado ou acusado formalmente à Justiça. A investigação deve buscar novos elementos para dar base à denúncia.

“Essa constatação encontra respaldo nas publicações de conteúdo efetuadas em diversas plataformas de mídia social, notadamente no TikTok e YouTube”, disse Paulo Gonet. “A análise dessas publicações revela indícios substanciais que apontam para a persistência na transgressão das ordens judiciais impostas.”

As investigações foram encerradas pela PF em janeiro. Na época, a corporação argumentou que o influenciador cometeu crime de descumprimento de decisão judicial. Ele teria criado novos perfis para reproduzir conteúdo com desinformação e tentar lucrar com o material. O STF proibiu o youtuber de publicar conteúdo nas redes sociais.

“Os elementos informativos colhidos revelam que o investigado Bruno Monteiro Aiub vem desobedecendo, de modo reiterado, decisão judicial que lhe impôs medida cautelar de suspensão do direito de publicação, promoção, replicação ou compartilhamento de notícias fraudulentas (fake news) objeto desta apuração”, escreveu o procurador-geral.

Monark pode ser detido por desobedecer à ordem judicial

De acordo com o Código Penal, quem exerce atividade de que foi privado por decisão judicial pode ser punido com detenção de três meses a dois anos ou multa.

Monark já foi multado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em R$ 300 mil pelo descumprimento de ordens. A decisão ocorreu em agosto de 2023, quando o magistrado determinou a abertura de um inquérito para investigar o podcaster.

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O influenciador é alvo do inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro de 2023 — quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas. Monark teve as contas bloqueadas durante as investigações.

Segundo o portal g1, Moraes proibiu o influenciador de espalhar supostas fake news sobre a atuação do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em abril de 2023. O youtuber chegou a ser convocado para prestar depoimento à PF em dezembro, mas não compareceu.

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Fonte: Revista Oeste


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