Justiça torna réus brasileiros acusados de envolvimento com o Hezbollah

A juíza federal Raquel Vasconcelos Alves de Lima, do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réus os brasileiros Mohamad Khir Abdulmajid e Lucas Passos Lima. Os dois são suspeitos de envolvimento com o Hezbollah, grupo terrorista do Líbano.

Também foi determinado o desmembramento das investigações para que novos inquéritos sejam abertos contra outros suspeitos de estarem envolvidos com o Hezbollah. A solicitação teve apoio do MPF.

De acordo com a juíza, o perfil dos supostos recrutados levantou suspeitas pela ausência de vínculos com o país ou condições financeiras para viagens no exterior — em especial, ao Líbano — que eram feitas até três vezes em menos de um ano. Os antecedentes criminais também foram um fator importante.

Quem são os brasileiros investigados por ligação com o Hezbollah?

Lucas Passos Lima, que é profissional autônomo, foi preso em novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, quando desembarcava de um voo que vinha do Líbano. 

Ele está preso prisão preventivamente no Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos, na Grande São Paulo. De acordo com as investigações, Lima já estava no estágio mais avançado de recrutamento. Ele, no entanto, nega qualquer envolvimento com o Hezbollah.

A juíza responsável pelo caso agendou a audiência de instrução e julgamento de Lima para 21 de março, às 14h. Nessa data, ele será interrogado por videoconferência, e testemunhas de acusação e defesa serão ouvidas.

Em janeiro, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), recusou o pedido da defesa de Lima e decidiu mantê-lo sob prisão preventiva. O ministro justificou sua decisão com base nos indícios encontrados durante a investigação e mencionou que ainda há uma análise pendente do caso na segunda instância.

Já Mohamad Abdulmajid, sírio naturalizado brasileiro e dono de tabacarias em Belo Horizonte, é considerado foragido. O acusado teria saído do Brasil em 18 de outubro de 2023 com destino a Beirute, no Líbano. Não há informação de retorno ao Brasil. O mandado de prisão preventiva contra ele foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol.

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Fonte: Revista Oeste


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