Feira Criativa é opção de compras e gastronomia na Praça do Aquário, em Santos

Luigi di Vaio

“Prima da abóbora”, a cabaça pode se transformar em objeto de decoração. Talvez muitos conheçam o uso dessa fruta na parte de um berimbau. Mas, nas mãos de Daniel Boghossian, 41, ela vira peças de decoração, que podem ser compradas com preços variando de R$ 23 a R$ 140, na Feira Criativa, exposição realizada na Praça do Aquário Municipal, Ponta da Praia, neste sábado (23) e domingo (24), das 12h às 19h.

A edição deste fim de semana da Feira Criativa comemora os quatro anos do coletivo de artesãos Feito em Santos. São mais de 60 expositores – incluindo o pessoal do ramo de alimentos (espetos, sanduíches, salgados etc) e bebidas (cervejas artesanais locais).

Boghossian conta que a inspiração para produzir as peças herdou da mãe, que era artista plástica. Cada peça demora dois dias para ficar pronta. “O retorno do público é gratificante”.

Fios de malha recicláveis são a base da produção da expositora Cecília Silva, da “Cê tá fazendo arte”. Há três anos participando da Feito em Santos, ela produz bolsas, porta garrafas, colares e cestas – com preços variando de R$ 35 a R$ 100.

Já Cátia Zwarnieski é considerada uma das pioneiras no grupo. Ela começou a expor há 13 anos em eventos do Fundo Social de Solidariedade (FSS) de Santos. “Posso dizer que acompanhei a evolução, a profissionalização graças à qualificação que o Feito em Santos propicia. Este apoio do poder público é fundamental”, conta Cátia, que apresenta brinquedos pedagógicos inclusivos. As peças custam de R$ 10 a R$ 150.

“Armado” com 200 espetinhos para matar a fome de quem passa pelo evento, Ricardo Vasco, 46, diz que os de carne são os mais procurados pelo público – o de fraldinha sai por R$ 12 e o de filé mignon por R$ 16. “O pessoal gosta muito. Sempre pergunta quais os próximos eventos vamos participar”.

Quem está à procura de um presente diferente pode procurar a barraca da ‘Terra & Arte’, de Regina Maria Santos Ferreira. Ela faz terráreos: recipientes fechados com planta e terra naturais, de diferentes tamanhos, reproduzindo paisagens. Um dos terráreos que mais chamam a atenção reproduz a área da Ponte Pênsil, em São Vicente. Regina conta que os recipientes têm de ficar fechados. O vapor produzido acaba molhando a terra e a planta. Há opções variando de R$ 30 a R$ 1.100.

INTEGRAÇÃO DA CRIATIVIDADE COM O TURISMO

A secretária municipal de Economia Criativa, Empreendedorismo e Turismo, Selley Storino, destaca que a Feito em Santos tem como proposta “a integração do empreendedorismo e da economia criativa com o Turismo”. “Costumo dizer que o coletivo representa o espírito da secretaria, movimenta o Turismo e a economia graças aos empreendedores”.

Selley lembra que a iniciativa começou na pandemia de covid-19 como uma alternativa para os santistas que perderam o emprego. “Foi uma forma para que eles pudessem sobreviver naquele período. Desde então, só cresceu. Hoje temos mais de 800 empreendedores cadastrados no Feito em Santos. Foi uma forma de privilegiar o santista. E todo o turista gosta de comprar algo típico da Cidade. Graças à parceria com o Sebrae, qualificamos este pessoal. Eles passaram a entender que têm um negócio, não são apenas vendedores”. 

Esta iniciativa contempla o item 8 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Trabalho Decente e Crescimento Econômico. Conheça os outros artigos dos ODS

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Fonte: Prefeitura de Santos


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