Entenda a prisão de ‘Batata’, membro do PCC responsável pelo resgate de Marcola

Leonardo Vinci Alves de Lima, conhecido como “Batata”, foi preso pela Polícia Militar (PM) na noite do sábado 29, em Mongaguá, litoral sul de São Paulo. A investigação mostra que Batata é membro da alta cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Batata também seria o responsável por um plano de ataque a cadeias de segurança máxima para resgatar Marco Willians Herbas Camacho, o “Marcola”, preso na Penitenciária Federal de Brasília desde janeiro de 2023. Os policiais da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) realizaram a prisão de Lima. Ele era alvo de um mandado de prisão por tráfico de drogas.

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A prisão ocorreu no bairro Jardim Marabá, em Mongagua, depois que a equipe da Rota recebeu a informação de que havia um procurado no local. Ao chegar à residência, o sogro do criminoso recebeu os policiais e informou que Batata estava no quarto.

Lima apresentou documentos falsos do Maranhão, em nome de Flávio Pinheiro da Silva. Os agentes detectaram inconsistências nos sinais de identificação do documento, o que gerou suspeitas.

Interpelado, Batata confessou o crime e disse que comprou o documento falso por R$ 2 mil, no centro de São Paulo. Os agentes encontraram R$ 4.076 em espécie na carteira dele. O criminoso admitiu que escondeu o dinheiro ao perceber a chegada da equipe, o que totalizou R$ 13.044 apreendidos.

A PM informou que Lima é integrante da “Sintonia Final” do PCC e ocupa uma função de liderança na facção. A corporação afirma que ele tem envolvimento direto com o tráfico de drogas na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.

O resgate de Marcola

Segundo a Rota, a investigação o considera executor do plano de resgate de Marcola. Desde 2019, o Ministério Público de São Paulo investiga planos para resgatar o líder da facção, o que motivou sua transferência e de outros 14 presos da Penitenciária de Presidente Venceslau para cadeias federais.

Em março daquele ano, a Justiça transferiu Marcola para a Penitenciária Federal de Brasília. Em 2022, o transferiram para Porto Velho. Voltou a Brasília no início do ano passado.

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O advogado de Lima, Pedro Andrey Campos Rodrigues, desmentiu a versão da PM sobre o uso de documento falso. Ele afirmou que Batata se apresentou como Leonardo e que os agentes encontraram os documentos em uma gaveta.

A defesa também destacou que, há cerca de dez meses, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça anulou a condenação de Batata, o que levou à sua soltura. Entretanto, o caso foi reavaliado e a Justiça decidiu que ele retornasse ao sistema prisional.

Mandado de prisão contra Batata

Em 14 de fevereiro, a Justiça expediu um mandado de prisão. De lá para cá, ele era considerado foragido. O advogado afirmou que Lima dormia no momento da prisão e que já estava próximo ao horário limite do cumprimento do mandado.

Rodrigues declarou que fará a defesa de Batata, em relação à acusação do uso de documento falso e buscará, novamente, anular a condenação por tráfico de drogas.

Os policiais registraram o caso no 7° Distrito Policial (DP) de Santos. Os agentes encaminharam Batata à carceragem do 5° DP do município, onde passou a noite antes da audiência de custódia. A defesa acredita que ele será transferido para a Penitenciária de Presidente Venceslau.

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Fonte: Revista Oeste


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