Justiça torna réu advogado que atuou nos casos da Boate Kiss e do menino Bernardo

Justiça aceitou uma denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) contra o advogado Jean Severo, conhecido por atuar nos casos da Boate Kiss e do menino Bernardo.

Apontado pelo MP do Rio Grande do Sul como “braço financeiro de uma organização criminosa”, o advogado virou réu com mais 24 pessoas, na segunda-feira 28.

A investigação começou em 2019, quando a Vara de Lavagem de Dinheiro de Porto Alegre denunciou o advogado, acusado de organização criminosa, lavagem de dinheiro e receptação de um veículo roubado e com placas clonadas.

 

De acordo com o MP, Severo intermediava a comunicação entre o chefe de uma organização criminosa, preso em uma penitenciária federal, com o restante do grupo criminoso.

Os promotores acrescentam que o advogado ocultou bens de traficantes, forneceu contas de passagem para lavagem de dinheiro e simulou negócios para impedir a identificação do patrimônio dos integrantes do grupo.

“Ao agir assim, Jean Severo assumiu a efetiva função de integrante do grupo criminoso e desrespeitou aos postulados da advocacia”, diz trecho da denúncia.

 

Conversas entre os suspeitos de integrarem a facção, que a polícia interceptou, levaram ao nome de Jean.

Por ser advogado de um dos chefes da organização criminosa, ele teria livre acesso ao comando do grupo, atuaria diretamente no cumprimento de determinações e no repasse de ordens.

O delegado Márcio Niederauer, que investigou o caso, afirmou “que a conclusão do inquérito policial baseia-se em provas técnicas, pautadas em diversos elementos colhidos ao longo da investigação”.

Em entrevista à CNN Brasil, o advogado disse não ter cometido crime algum. Severo falou que está tranquilo quanto ao ocorrido e tem certeza que o Judiciário vai absolvê-lo.

“Sofro uma perseguição muito clara da Polícia Civil e do Ministério Público”, disse o advogado. “Como tenho um trabalho forte, sei que desagrado essas instituições. Como absolvo muita gente, eles se aproveitaram da investigação de 2019 e me denunciaram.”

Advogado criminalista com mais de duas décadas de carreira, Severo atuou em casos de repercussão nacional, como os da Boate Kiss e do menino Bernardo Boldrini.

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Fonte: TBN


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