Polícia investiga suposto sexo coletivo entre menores de idade em escola que permitiu que meninos usassem saia no uniforme e recomendou utilização de pronomes neutros

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando a denúncia de que alunos de uma unidade do Colégio Federal Pedro II teriam participado de um sexo coletivo dentro da sala de aula. O fato teria acontecido em uma unidade do colégio em Realengo, bairro da Zona Oeste da capital. A denúncia emergiu na internet, inicialmente, se espalhou nas redes sociais e chegou ao conhecimento de pais, alunos e direção da escola.

Pais dos estudantes deste colégio informaram que a suspeita é de que 16 jovens estariam envolvidos no suposto caso, sendo 15 menores de idade entre 13 e 17 anos e uma garota de 19 anos. A presença dessa garota poderia configurar estupro de vulnerável, quando envolve um menor de 14 anos. Uma comissão interna do colégio foi criada para apurar o que ocorreu. Até agora, oito jovens foram identificados e suspensos preventivamente por cinco dias.

A direção da unidade também suspendeu a participação de alunos do Ensino Fundamental na festa do terceiro ano do Ensino Médio, programada para acontecer no começo do mês de outubro. O caso já virou uma espécie de escândalo na unidade. A Polícia está em posse de gravações sobre o suposto sexo coletivo e agora analisará e periciará o conteúdo, além de colher depoimento de alunos, pais e funcionários.

Colégio acabou com distinção de gêneros para uniforme

Em setembro de 2016, há 6 anos atrás, o Colégio Pedro II no Rio de Janeiro virou manchete e motivo de debate nas redes sociais por causa da decisão de acabar com a distinção entre uniforme masculino e feminino.

O colégio divulgou uma portaria em que ressalta que o uniforme continua sendo obrigatório para os alunos, mas que eles podem escolher as peças com que mais se identificam, independente do gênero. Houve bastante repercussão nas redes sociais e até comentários apontando a possibilidade de escolha como uma má influência.

Em nota, a direção explicou que não está induzindo nem obrigando os estudantes a usarem determinados tipos de vestimenta, e que a maioria dos alunos provavelmente continuará usando o uniforme como sempre usou.

Polêmica antiga

Essa não é a primeira vez que o Colégio Pedro II vira motivo de discussão nas redes sociais. Em 2015, a decisão do colégio de usar a letra “x” para suprimir gêneros de substantivos no plural, por exemplo “alunxs” ao invés de “alunos”, foi motivo de debate. O x foi colocado no lugar das letras “a” e “o” em avisos institucionais e cabeçalhos de provas da escola.

O objetivo do uso do x, defendido principalmente por movimentos feministas e LGBTs, é que todos se sintam incluídos e representados pelas palavras, independente do gênero. Na época, os professores da instituição se manifestaram defendendo que “as palavras com x” fossem usadas apenas no ensino médio, quando os alunos já têm domínio da gramática e são capazes de compreender a discussão.

Com informações da Jovem Pan e Revista Crescer.

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Fonte: TBN


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