Musk perde R$ 60 bi depois de criticar índice empresarial de sustentabilidade

No mesmo dia em que fez críticas ao S&P ESG Index, índice de sustentabilidade da Bolsa de Nova Iorque, e anunciou apoio ao partido Republicano, Elon Musk perdeu US$ 12 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões). As declarações ocorreram na quarta-feira 18 por meio do Twitter, rede social que também tem causado prejuízos ao homem mais rico do mundo.

“A Exxon é classificada entre as dez melhores do mundo em meio ambiente, social e governança (ESG) pela S&P 500, enquanto a Tesla não fez parte da lista”, publicou. “O ESG é uma farsa. Foi armada por falsos guerreiros da justiça social.” A empresa citada por Musk é focada no mercado extração e refino de petróleo.

A partir da oferta de US$ 44 bilhões de Elon Musk pelo Twitter, a queda das ações da Tesla subtraiu cerca de  US$ 12 bilhões (por volta de R$ 60 bilhões) da riqueza do empresário. A proposta de compra foi feita há pouco mais de um mês, em 14 abril de 2022.

Antes das postagens, Musk já acumulava perdas. De acordo com a Bloomberg, ao longo do ano, o empresário perdeu por volta de US$ 60 bilhões. Deles, US$ 50 bilhões depois que anunciou negociação para comprar o Twitter.

Mesmo perdendo a quantia volumosa, conforme levantamento da Bloomberg, Musk ainda está no topo do ranking de super ricos, com cerca de US$ 210 bilhões. Na lista, aparece gente com reduções de fortuna maiores que as dele. São os casos de Changpeng Zhao, da Binance, e Jeff Bezos, da Amazon. Eles tiveram, respectivamente, o prejuízo de US$ 81 bilhões e US$ 62 bilhões.

Fundos ESG

ESG é a sigla para Environmental, Social, and Corporate Governance — Governança Ambiental, Social e Corporativa, em tradução livre. Os índices de ESG medem a adequação das empresas a questões como a preservação ambiental, responsabilidade ambiental e gestão coorporativa.

Os investidores tem interesse por empresas tidas como corretas para os parâmetros de governança e sustentabilidade. Porém, no fim das contas, o lucro é o fator que mais atrai investimentos. E o custo para bancar as estruturas necessárias para manter políticas de ESG também aumenta o risco operacional das organizações.

Além disso, faltam definições padronizadas de como medir o desempenho da implantação ESG, conforme mostrou Luis Kawaguti em “Corrida pela sustentabilidade”, reportagem para a Edição 96 da Revista Oeste.

“Corrida pela sustentabilidade”, reportagem para a Edição 96 da Revista Oeste.

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Fonte: Revista Oeste


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