Mina de potássio no Amazonas que vai gerar 19 MIL vagas de EMPREGO recebe sinal verde do governo e destrava US$ 2,5 bilhões para o Brasil

Após 15 anos de batalhas jurídicas e disputas de interesse, parece que o grande impasse a respeito da exploração da mina de potássio na floresta amazônica finalmente chegou ao fim na última terça-feira (9). O Governo do Amazonas entregou à Potássio Brasil a primeira licença ambiental para a instalação do Projeto Potássio Autazes, que promete gerar cerca de 19 mil vagas de emprego diretas e indiretas.

O Brasil depende da importação de 95% de seu consumo de potássio e é um dos principais clientes de fornecedores como Canadá, Belarus e Rússia, principais produtores mundiais. No último ano, o país importou cerca de 10 milhões de toneladas.

Com a licença em mãos, a expectativa da Potássio do Brasil é investir cerca de US$ 2,5 bilhões no desenvolvimento e exploração da mina. Controlada pela canadense Forbes&Manhattan, a empresa anunciou a descoberta da mina de potássio no Amazonas em 2010. De lá para cá, cerca de R$ 1 bilhão já foram investidos no projeto.

A licença concedida atualmente autoriza a instalação da unidade fabril da mina de potássio no Amazonas. A expectativa do governo é que sejam geradas 2,6 mil vagas de emprego ao longo dos próximos anos. Na fase de operação, a fábrica promete gerar 1,3 mil empregos diretos e outros 16 mil indiretos.

Segundo Wilson Lima, governador do Estado, a implantação de uma atividade como essa gera indicadores sociais, qualidade de vida para os indígenas, vagas de emprego, de renda, avanço no saneamento, abastecimento de água, asfaltamento de ramais, educação, saúde e tudo aquilo que é essencial para aquilo que é importante para que se possa ter um lugar melhor para se viver.

A capacidade anual da mina de potássio no Amazonas é estimada em 2,5 milhões de toneladas. A expectativa é que essa produção atenda 20% da demanda nacional por cloreto de potássio, fertilizante usado na produção agrícola do Brasil. Atualmente, 95% do potássio usado no país é importado, principalmente do Canadá, Rússia, Alemanha, Bielorrússia e Israel.

Segundo o presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, com essa licença a empresa fará com que a mina de potássio no Amazonas vá para frente e que esses números e resultados se tornem realidade na maior brevidade possível. 

Vale mencionar que, em 2009, a Agência Nacional de Mineração concedeu a área para exploração à Potássio do Brasil. Em 2017, o processo de licenciamento ambiental foi suspenso após uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, que exigia uma consulta aos povos indígenas existentes em um raio de 10 km do projeto.

Em 2019, um acordo foi fechado em juízo, com a presença de 44 aldeias. Contudo, o MPF e o povo indígena Mura solicitaram à Justiça que o responsável pelo licenciamento fosse o Ibama, e não o Ipaam, órgão do governo estadual.

No último ano, a Justiça Federal do Amazonas anulou, através de uma liminar, a licença prévia emitida pelo Ipaam. Na época, o entendimento da Justiça era que, por provocar impactos em terras indígenas, o processo de licenciamento deveria ser conduzido por um órgão federal, no caso, o Ibama.

Apenas em fevereiro deste ano, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região derrubou a liminar, devolvendo ao Ipaam a autoridade para conceder a licença para a mina de potássio no Amazonas que promete gerar milhares de vagas de emprego.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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