Justiça dos EUA busca acordo com a Boeing sobre acidentes que mataram 346 pessoas

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos propôs um acordo judicial à Boeing para evitar um julgamento relacionado aos dois acidentes fatais que envolvem o modelo 737 Max.

A informação foi divulgada por Paul Cassell, advogado das famílias das vítimas, que explicou que o acordo inclui uma multa e supervisão externa. A proposta foi comunicada às famílias em uma apresentação no domingo 30.

A Boeing está sendo investigada por dois incidentes graves que resultaram na morte de 346 pessoas. O primeiro ocorreu em outubro de 2018, quando um avião da Lion Air caiu na Indonésia, seguido por um incidente semelhante na Etiópia em março de 2019, que envolveu um 737 Max da Ethiopian Airlines.

Cassell afirmou que as famílias das vítimas devem se opor firmemente ao acordo se a Boeing o aceitar e submetê-lo a um juiz.

Familiares das vítimas querem que Boeing seja julgada sem novos acordos

A Boeing foi procurada pela agência de notícias AFP, mas não se pronunciou sobre o caso. O The New York Times noticiou que os promotores estavam considerando um acordo de acusação diferida, embora o Departamento de Justiça ainda não tivesse tomado uma decisão definitiva.

Em maio, o Departamento concluiu que a empresa poderia ser processada por violar um acordo diferido anterior relacionado aos mesmos acidentes.

Sob o acordo de três anos, a Boeing pagou US$ 2,5 bilhões para encerrar acusações de fraude na certificação do 737 Max. No entanto, a empresa voltou ao foco dos reguladores depois de um incidente em 5 de janeiro, quando um 737 Max da Alaska Airlines fez um pouso de emergência depois de perder uma tampa de porta durante o voo

O incidente de janeiro colocou novamente os processos de fabricação sob escrutínio dos reguladores e do Congresso. Os familiares das vítimas querem que a Boeing seja levada a julgamento sem novos acordos.

Porém, os promotores enfrentam pressão para não prejudicar ainda mais a Boeing, uma empresa crucial para a indústria aeronáutica americana e a segurança nacional.

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Fonte: Revista Oeste


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