Estudo aponta que colapso das correntes do Atlântico está próximo

De acordo com cientistas, um colapso das correntes oceânicas do Atlântico está mais próximo do que em qualquer outro período histórico. O evento pode levar extensas regiões da Europa a uma onda de frio sem precedentes. As projeções foram feitas com uso de simulação computacional e identificou um ponto de inflexão “abrupto” para um futuro próximo.

O estudo publicado pela revista científica Science Advances na sexta-feira 9 apresenta um cenário de cataclismo mundial.

Estamos nos aproximando do colapso, mas não temos certeza de quão perto ele está. Nós estamos caminhando em direção a um ponto de inflexão

De acordo com o Estadão, a pesquisa é a primeira a fazer uso de simulações complexas e incluir múltiplos fatores para monitorar a força da circulação oceânica — que está desacelerando.

De acordo com os cientistas climáticos, um possível colapso da corrente (chamada Circulação Meridional do Atlântico ou AMOC) supostamente poderia modificar o clima mundial. Isso porque o colapso poderia “desligar” uma das principais forças do clima e do oceano. O fenômeno teria força para reduzir as temperaturas no noroeste da Europa em até 15ºC, e poderia também estender o gelo ártico para o sul.

Essa modificação climática aumentaria o calor no Hemisfério Sul, alterando os padrões de chuva globais e perturbando o bioma amazônico, ainda de acordo com o estudo da Science.

Possíveis catástrofes

Apesar da interpretação alarmante dos estudos sobre o clima, os cientistas afirmam que não são capazes de prever quando e quais seriam as consequências de uma mudança radical do clima do planeta.

Para van Westen, provavelmente a catástrofe está a um século de distância, mas o cientista de 30 anos de idade não descarta a possibilidade de estar vivo quando o cataclisma acontecer. “Isso também depende da taxa de mudança climática que estamos induzindo como humanidade”, disse ele.

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Estudos recentes apontam que a AMOC está em um processo de desaceleração. Não é um consenso na comunidade científica, mas o IPCC (grupo de cientistas que defendem pautas na ONU para conter o aquecimento global) afirma que qualquer mudança significativa no clima não deve ocorrer antes de 2100.

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Fonte: Revista Oeste


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