A Câmara dos Estados Unidos votou, nesta quarta-feira, 13, pela aprovação do projeto de lei que pode proibir o TikTok no país. Foram 352 votos a favor da proibição contra 65 (15 republicanos e 50 democratas).
Segundo os deputados que votaram a favor do banimento, o aplicativo representa uma ameaça à segurança nacional. A sustentação desse argumento baseia-se na tese de que a ByteDance, controladora do app, pode ser obrigada pelo serviço de Inteligência chinês a entregar dados dos usuários norte-americanos ao governo.
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O projeto, que agora segue para o Senado, pede a remoção do TikTok das lojas de aplicativos do Google e da Apple.
O líder da maioria no Senado norte-americano, Chuck Schumer, afirmou que precisa consultar os presidentes dos comitês antes de abrir uma votação para o projeto. Ele ressalta a incerteza das consequências de um possível banimento do aplicativo em território norte-americano.
“Terei de consultar e pretendo consultar os presidentes dos meus comitês relevantes para ver quais seriam seus pontos de vista”, diz o político.
Uma alternativa que pode evitar o desligamento do aplicativo nos EUA é a separação da controladora chinesa, ByteDance, do comando do TikTok.
Apesar dos 84% de aprovação, muitos argumentos contra o projeto de lei foram ventilados no Capitólio — Centro Legislativo dos EUA. O principal nome dos republicanos, Donald Trump, é uma das pessoas que não apoiam o banimento do TikTok no país — apesar de já ter criticado o programa anteriormente.
O candidato a presidente disse que banir o aplicativo significa abrir mais espaço para o Facebook atuar. Na semana passada, Trump chamou o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, de “inimigo do povo”.
TikTok é usado por 170 milhões de pessoas nos Estados Unidos
O TikTok é um dos aplicativos favoritos do público jovem e é acessado por 170 milhões de usuários norte-americanos. O governo chinês e a ByteDance, diante das ameaças de perder o público nos EUA, responderam com raiva à votação.
O Ministério de Relações Exteriores da China informou que o banimento é um “ato de bullying”. O TikTok, por sua vez, afirmou que o projeto de lei é um ataque constitucional à liberdade de expressão dos usuários.
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O projeto teve uma alta taxa de aprovação bipartidária na Câmara, avançando por unanimidade no Comitê de Energia e Comércio. O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que irá aprovar o projeto caso chegue à sua mesa.
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Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro
Fonte: Revista Oeste