Netanyahu, sobre pedido do Tribunal Penal Internacional: ‘É como pedir a prisão de Bush pelo 11 de setembro’

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou críticas severas ao procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, em uma entrevista concedida ao programa de televisão ABC News na terça-feira 21.

Netanyahu reprovou os pedidos de mandados de prisão contra ele e integrantes do Hamas, afirmando que Khan estabelece uma falsa simetria entre os líderes democraticamente eleitos de Israel e os chefes terroristas.

“Isso é como dizer, depois do 11 de setembro [de 2001]: ‘Bem, estou emitindo mandados de prisão para George Bush [presidente dos EUA na época], mas também para [Osama] bin Laden”, disse Netanyahu, em entrevista.

Na segunda-feira 20, o promotor Khan emitiu mandados de prisão para Netanyahu, o ministro da Defesa de Israel e líderes terroristas. A lista das ordens de detenção foi divulgada no mesmo dia, e inclui os seguintes nomes:

O promotor alegou que há “motivos razoáveis para acreditar”, com base nas evidências, que tanto as autoridades israelenses quanto os membros do grupo extremista são criminalmente responsáveis por supostos crimes de guerra e contra a humanidade cometidos durante a guerra em Israel.

Netanyahu acusa Khan de alimentar o antissemitismo

O premiê não economizou nas críticas a Khan e o acusou de tentar “demonizar” Israel. ele também classificou as acusações como “absurdas” e “ultrajantes”.

“Ele também alimenta o antissemitismo que cresce globalmente”, disse Netanyahu, em entrevista. Ele ataca o único Estado judeu e tenta nos algemar.”

Para Netanyahu, a ação do TPI é ineficaz na prática, pois Israel não é parte do Estatuto de Roma, que estabeleceu o tribunal em Haia, na Holanda. Além da nação judaica, Estados Unidos, China e Rússia também não são membros do TPI.

Caso os mandados sejam expedidos, as autoridades israelenses podem ser detidas ao viajar para qualquer um dos 124 países signatários do Estatuto de Roma, incluindo o Brasil.

Contudo, Netanyahu expressou não estar preocupado com essa eventualidade. “Não estou nem um pouco preocupado com nosso status”, revelou. “Acho que o procurador deveria se preocupar com o seu estatuto, pois ele realmente transforma o TPI em uma instituição marginalizada. As pessoas simplesmente não vão levar isso a sério, elas percebem isso como algo politizado”.

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Fonte: Revista Oeste


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