Justiça nega liberdade a stalker de MG

A juiz André Luiz Riginel da Silva Oliveira tomou a decisão devido ao descumprimento contínuo de medidas cautelares e à conduta agressiva da stalker contra o médico e sua mulher.

Kawara foi detida em flagrante por roubo no dia 4 de janeiro, depois de levar o celular da vítima com violência e ameaça, juntamente com sua avó, que agrediu a mulher do médico.

O juiz destacou que a prisão preventiva da acusada, decretada em 3 de março, era essencial devido ao agravamento de suas ações criminosas. Kawara ficou foragida até 8 de maio deste ano, apesar de haver um mandado de prisão contra ela, e continuou a perseguir as vítimas nesse intervalo.

“Ao analisar os autos, notam-se claramente indícios de uma perseguição incessante e quase diária, que já se estendia por vários anos”, disse o juiz. “Assim, a necessidade da prisão preventiva é absolutamente pertinente e atual.”

Oliveira também negou o pedido de substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, solicitado com base em supostos problemas de saúde, pois “não há comprovação dessas patologias”. Além disso, ele recusou a devolução dos celulares apreendidos, justificando que os dispositivos são ferramentas do crime e elementos de prova essenciais para o processo judicial em curso.

“Os crimes e as violações de medidas protetivas ocorreram, em grande parte, com o uso de celulares, o que faz com que os aparelhos sejam tanto instrumentos do crime quanto meios de prova, já que as partes podem solicitar algum tipo de perícia”, prosseguiu. “Portanto, é evidente que os celulares ainda são relevantes para o processo e não podem ser devolvidos por enquanto.”

A stalker de MG

Kawara Welch Ramos de Medeiros tem 23 anos e se apresentava nas redes sociais como artista e modelo. A jovem cursava nutrição em uma universidade em Uberlândia, Minas Gerais.

As práticas de stalking começaram em 2019, quando Kawara conheceu o médico durante uma consulta para tratar sua depressão. Conforme relatado pelo profissional, ele começou a ser perseguido depois que Kawara declarou seu “amor” por ele.

A jovem foi excluída da lista de pacientes do médico depois de ameaçar e fazer ligações para seus familiares, incluindo seu filho de 8 anos. Kawara enviou fotos de si mesma com lençóis e cordas amarradas no pescoço e mensagens de despedida. A família resgistrou 42 boletins de ocorrência por perturbação, lesão corporal, ameaça e extorsão.

Em 2022, Kawara invadiu o consultório do médico, o que resultou em um confronto com sua mulher. Em outro incidente na clínica, um ano depois, ela furtou seu celular. A stalker foi presa, mas foi liberada depois de pagar uma fiança de R$ 3,5 mil e passou a responder ao processo em liberdade.

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Fonte: Revista Oeste


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