Operação Hipócrates: 10 pessoas são indiciadas por fraudes e corrupção no sistema de regulação médica estadual

A Polícia Civil de Goiás, através da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR) concluiu o inquérito policial nº 01/2023 – DECCOR, referente à “Operação Hipócrates”, que foi deflagrada pela PCGO em fevereiro deste ano.  A investigação apurou fraudes e corrupção no sistema de regulação médica estadual, especialmente na fila de cirurgias eletivas do Estado.

O delegado à frente do caso, Danilo Victor Nunes de Souza,  informou que foi revelada e desarticulada a atuação de um grupo criminoso, composto por particulares e agentes públicos, que atuavam em Goiânia e em diversos municípios de Goiás, mediante a captação de pacientes e inserção de dados falsos no sistema de regulação médica, para fins de possibilitar a realização de cirurgias (a maioria estéticas) em pessoas fora dos critérios exigidos para a realização do procedimento.

Verificou-se que diversas pessoas pagaram vantagens econômicas indevidas (propina) para intermediários e operadores do sistema de regulação médica, a fim de que pudessem realizar cirurgias pelo Sistema Único de Saúde e, ainda, viessem a ser beneficiadas na fila de procedimentos médicos, ocasionando a ocupação indevida na fila, a sobrecarga no serviço e a demora no atendimento daqueles que mais precisavam. Somente um dos envolvidos teria sido responsável por realizar quase 2 mil inserções no sistema, só nos últimos seis meses do ano de 2022.

Foi verificado que o grupo criminoso atuava não somente no âmbito do sistema de regulação, mas também mediante acesso a outros sistemas de outras unidades de saúde, inclusive havendo casos de compras de senhas para acesso indevido.

Foram indiciadas pela PCGO 10 pessoas pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência, inserção de dados falsos em sistema de informação e posse de apetrechos para falsificação. O inquérito com mais de 15 mil páginas, dividido em dois autos principais e doze apensos, agora segue para o Poder Judiciário para a responsabilização dos envolvidos.

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Fonte: Policia Civil de Goiás

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