Em sua última competição no Brasil antes dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que começam em 28 de agosto, a santista Beth Gomes (FastWheels/Fupes) bateu mais uma vez o recorde mundial do lançamento de disco pela classe F53 (que competem sentados), na tarde do último sábado (29), no Troféu Brasil de Atletismo, em São Paulo.
A atleta de 59 anos lançou o disco a 18,45m e superou a própria marca mundial anterior, que era de 17,80m, registrados no Parapan de Santiago, em novembro de 2023. A distância foi atingida no quinto dos seus seis lançamentos que tinha na prova.
Neste ano, a santista conquistou o tricampeonato mundial na categoria, em Kobe, no Japão. Ela mostra que chega forte em Paris em busca de mais uma medalha de ouro. Em 2021, Beth Gomes sagrou-se campeã dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, na classe F52.
“Estou muito feliz. Sinceramente, eu não esperava que bateria este recorde hoje. Nos treinos, eu estava conseguindo chegar a 17 metros e pouco, quase 18 metros. Mas acredito que o lado da gaiola tenha contribuído para que eu alcançasse essa marca. Lançar o disco na gaiola maior dá toda a confiança para nós, atletas, podermos executar os movimentos com maior tranquilidade. Mas só tenho a agradecer pelo trabalho que vem dando certo”, explicou a atleta, que teve diagnosticada uma esclerose múltipla no início da década de 1990.
RECORDE É COM ELA
Beth Gomes também é recordista mundial em outras duas modalidades. No lançamento de disco da classe F-53 (para cadeirantes), com 7,75m, marca obtida na conquista da medalha de ouro no Campeonato Mundial de Paris, em 2023. Em 2024, no Japão, ela foi prata em disputa fora de sua categoria, quando foi agrupada em classes F53/F54.
No lançamento de dardo, com 13,89m, também tem a melhor marca do planeta, obtida na primeira etapa do Circuito Paralímpico, em março de 2023. Neste ano, no Mundial de Kobe, ela precisou disputar também em uma classe mais alta, no F54. Foi a única atleta do F53 a chegar na final e com 13,18m quebrou o recorde da competição.
Para entender a diferença entre as categorias do paratletismo, tanto a F53 quanto a F54 são para atletas com transtorno do movimento de alto grau na base do tronco e nas pernas. Porém, no F53, os atletas também têm transtorno do movimento de baixo grau nas mãos, o que afeta a sua capacidade de agarrar.
Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS:
FOTOS: Divulgação/CBAt
Fonte: Prefeitura de Santos