Alunos da UME José Carlos Azevedo Junior (São Bento) participaram, nesta quarta-feira (26), de palestra interativa sobre o uso consciente de pipas. A iniciativa, que conscientiza os estudantes sobre os perigos das linhas cortantes, é realizada em parceria entre a Secretaria de Educação (Seduc), Guarda Civil Municipal (GCM), Polícia Militar (PM), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros e a CPFL Piratininga.
A escola participou pela terceira vez do projeto e os estudantes do ensino fundamental I e II foram orientados quanto ao local em que empinam pipa, já que a região onde moram possui recorrência em acidentes relacionados à brincadeira.
“Recentemente, aqui na região, uma criança foi atropelada duas vezes enquanto corria atrás de uma pipa. É importante reforçar esse tema para que eles brinquem de maneira consciente e sem riscos à saúde”, pontuou o responsável pelo projeto Uso Consciente de Pipas, na Seduc, Aldemir de Lima.
Para apresentar a maquete de distribuição de energia, representantes da CPFL Piratininga conversaram com os estudantes. A coordenadora de atendimento presencial da empresa, Bianca Tondin, comentou que os acidentes são mapeados para que os projetos sejam realizados nas respectivas áreas.
“Temos muitos casos envolvendo pipa e rede elétrica, então é muito importante ir às escolas e orientar as crianças e adolescentes sobre os riscos. Uma simples orientação pode salvar uma vida e a CPFL preza pela segurança da população. Também temos o programa Guardião da Vida que abrange empresas e sociedade civil”.
Impactados pela palestra, os alunos Sabrine Reis Candido e Ronald de Souza Vieira, ambos de 15 anos, compreenderam que o uso de linhas cortantes é perigoso e a brincadeira com a pipa deve ser feita em locais seguros.
“Quem brinca precisa ter noção de que usar cortante pode ferir alguém. Já vi reportagens sobre isso e é bem grave, principalmente pra quem está de moto. Aqui tivemos noção de como agir e que podemos prevenir estes acidentes”, comentou Sabrine.
Acostumado a brincar de pipa desde pequeno, Ronald já conhecia os possíveis riscos da brincadeira. “Não é legal usar cerol e outros tipos de linhas cortantes. A palestra é importante para que todos tenham consciência de que alguém pode se ferir gravemente por causa dessa brincadeira”.
EXPERIÊNCIA DE EX-ALUNO
Acompanhando a palestra, o ex-aluno da unidade municipal Valter Santos Lima, agora com 17 anos, teve uma experiência negativa com a pipa. Em 2017, quando cursava o 5º ano, sofreu um acidente com um cabo de energia que ricocheteou o chão e o atingiu.
“Estava jogando bola quando uma pipa cortou o cabo de energia e veio em minha direção, tive muitas queimaduras na época. Um ano depois do acidente, tivemos uma palestra do projeto aqui na escola, foi bem útil porque saber como agir nesses casos pode salvar a vida de uma pessoa. Hoje eu vim para conversar com os alunos, mas ao voltar aqui e reviver tudo o que aconteceu quando eu era criança, me emocionou e não consegui falar com eles”, finalizou.
Esta iniciativa contempla o item 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Educação de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS.
Fonte: Prefeitura de Santos