Zambelli nega ter contratado hacker para invadir sistema do Judiciário

Em depoimento à Polícia Federal (PF), nesta terça-feira, 14, deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) negou ter contratado o hacker Walter Delgatti Netto, mais conhecido como hacker da “vaza jato”, para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Conforme a parlamentar, ela apenas contratou uma empresa de mídia que, por sua vez, subcontratou Delgatti para criar um site para ela.

“Foi esclarecido que houve pagamento de R$ 3 mil, em novembro, através da empresa de mídia que contratei e subcontratou o Walter para poder mexer no site na época que fiquei sem rede social”, disse a deputada. “Ele não entregou o serviço. Já o pagamento de R$ 10,5 mil feito pelo Renan [ex-assessor] foi uma transação de uísque entre eles que tem todas as comprovações. Confio nas pessoas, por isso confiei nele e o contratei para realizar os serviços de site.”

Em agosto deste ano, a parlamentar foi alvo de busca e apreensão no apartamento funcional onde reside, em Brasília, e em seu gabinete no Congresso Nacional. Os agentes cumpriram mandados de busca contra alguns assessores de Zambelli e uma ordem de prisão preventiva contra Delgatti.

O hacker confessou ter invadido o sistema do CNJ para expedir uma ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

À PF, quando prestou depoimento, o hacker disse que Zambelli pediu que ele invadisse a conta do e-mail e o telefone de Moraes. A solicitação teria acontecido durante um encontro na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, em setembro de 2022.

Conforme o hacker, ele só conseguiu acessar o e-mail do ministro, mas não encontrou nada de comprometedor. Em relação ao celular, ele não teria tido êxito. Delgatti ainda alegou ter tentado invadir o sistema de segurança das urnas eletrônicas, mas disse que não obteve sucesso.

O hacker ainda entregou extratos de pagamentos bancários que, em tese, ligariam a parlamentar aos serviços dele. Em nota, a equipe de Zambelli informou que o dinheiro repassado pelo ex-assessor a Delgatti não teve relação com a invasão dos sistemas do CNJ.

“As transferências, que totalizaram R$ 10,5 mil, foram feitas para pagar garrafas de uísque”, informou. “Além disso, a PF não encontrou indícios de que Carla Zambelli soubesse dos ataques ao sistema, ou mesmo sobre as transações entre seu então assessor a Walter.”

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Fonte: Revista Oeste


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