Políticos se manifestam sobre a morte de Clezão

Diversos políticos se manifestaram nas redes sociais sobre Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, de 46 anos, que morreu nesta segunda-feira, 20. Ele era um dos presos do Complexo da Papuda, em Brasília (DF), e não resistiu a um mal súbito.

O ex-vice-presidente da república Hamilton Mourão cobrou, em seu Twitter/X, uma investigação minuciosa para que a morte seja esclarecida. O parlamentar ainda considerou absurdo o homem ter sido mantido preso — mesmo depois de um parecer favorável da Justiça para que ele fosse solto em setembro.

A morte de Cleriston Pereira da Cunha materializa o absurdo da ausência do devido processo legal e da burocracia que vem cerceando direitos dos presos pelos atos de 08 de janeiro.
Cleriston, que já havia conseguido um parecer favorável da Justiça para ser solto em setembro,…

O ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Braga Netto lamentou a morte e desejou solidariedade para a família do manifestante. 

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Meus pêsames e solidariedade à esposa e às duas filhas de Cleriston da Cunha, que faleceu hoje, preso na Papuda, desde 9 de janeiro. Ele tinha 46 anos, sofria de diabetes e hipertensão. pic.twitter.com/GxGutUCbEz

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) também lamentou a morte e lembrou do Projeto de Emenda da Constituição (PEC) 8/2021 que limita as decisões monocráticas dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele também ressaltou que Clezão possuía um parecer favorável para soltura, em virtude problemas de saúde. O senador oficializou o secretário de administração penitenciária do Distrito Federal para pedir esclarecimentos sobre a morte. 

PRESO DE 8/1 M0RT0 NA VÉSPERA DA DECISÃO S/ PEC DAS DECISÕES MONOCRÁTICAS.BASTA DE INJUSTIÇAS! Infelizmente tivemos a 1ª fatalidade a partir dos 4BUS0S de direitos humanos negados no Brasil p/ D1T4DUR4 DA TOG4;Cleriston Pereira da Cunha! Surpreendido p/triste notícia, ressaltei q… pic.twitter.com/SSOqTKblCR

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) prestou solidariedade à família de Cleriston e também comentou o pedido de liberdade que não foi analisado pelo Supremo. 

Minha solidariedade à família de Cleriston da Cunha, um dos presos políticos do 8 de janeiro, que faleceu hoje na Papuda. Clezão, como era conhecido, aguardava julgamento. Pela saúde frágil, a PGR pediu sua liberdade em setembro. Moraes nunca analisou o pedido.

Assim como os senadores, a ex-procuradora do DF e deputada federal Bia Kicis (PL-DF) lamentou a morte e comentou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que Clezão pudesse ficar em prisão domiciliar. 

“Isso mostra a falência total do nosso sistema processual penal”, disse a parlamentar, em vídeo publicado no Twitter/X. “Porque esses presos, diferentemente de outros réus condenados, que ainda respondem em liberdade, Clezão não tinha nenhuma sentença. E, pior, não foi observado o devido processo legal.”

Preso político, Cleriston Pereira da Cunha faleceu hoje na papuda. Ele tinha um relatório médico, do Hospital Público do DF, que atestava o risco de morte, por sua condição de saúde. A PGR opinou por sua liberdade em setembro de 2023, mas não foi atendida. Essa morte precisa ser… pic.twitter.com/QGjmvmHhsK

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também se manifestou sobre a morte. Em suas redes sociais, ela prestou solidariedade à família de Clezão e lembrou que ele deveria estar em liberdade, porque havia uma manifestação favorável do Ministério Público Federal (MPF) à sua liberação.

Manifesto minha solidariedade à família de Cleriston Pereira da Cunha pelo trágico ocorrido na data de hoje.

Cleriston era um dos presos do 08/01, e deveria estar em liberdade desde setembro, quando o MPF se manifestou favorável à sua liberação.

Meu gabinete está trabalhando em…

Entenda o caso que envolve Clezão

Cleriston da Cunha, o Clezão, morreu às 10h58, depois de um “mal súbito durante o banho de sol” na Papuda. Oeste apurou que o Corpo de Bombeiros esteve no local, mas não conseguiu reanimá-lo.

De acordo com laudos médicos obtidos pela reportagem, Clezão sofria de diabetes e hipertensão. Por isso, tomava medicação controlada. Ele também teve seis atendimentos médicos entre janeiro e maio.

Clezão, como era conhecido, tinha um parecer favorável à sua soltura, desde setembro, da PGR — autora da denúncia contra os réus. A polícia o prendeu no Senado. Mas o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, não analisou o pedido.

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Fonte: Revista Oeste


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