Pimenta falta à comissão da Câmara e presidente fala em convocação

O ministro Extraordinário para Apoio na Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, faltou, nesta quarta-feira, 3, a uma audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. A Oeste, o presidente do colegiado, deputado federal Evair de Mello (PP-ES), disse que vai colocar na pauta da comissão, na próxima semana, um requerimento para convocar Paulo Pimenta.

O ministro havia sido convidado para participar da comissão às 10h, mas enviou uma justificativa alegando que, em virtude da “missão dada pelo presidente Lula” como ministro, “é impossível atender tal pedido neste momento”. No requerimento endereçado à comissão, o ministro se desculpou com o não comparecimento.

“A reconstrução do Rio Grande do Sul exige uma abordagem completa e coordenada, integrando esforços entre os órgãos governamentais e os diversos setores da sociedade civil”, alegou Paulo Pimenta. “Isso é fundamental para garantir o apoio necessário à população afetada e para promover a recuperação das áreas impactadas.”

“Ante o exposto, considerando o surgimento de compromissos inadiáveis e imprescindíveis nesta semana, que requer a presença e dedicação continua do ministro frente à situação que castiga o povo gaúcho, é impossível não estar no Estado do Rio Grande do Sul nesta data”, concluiu.

Segundo Vieira, o colegiado vai votar a convocação de Paulo Pimenta na próxima semana e ele deve vir “na primeira oportunidade”

Além de Paulo Pimenta, ex-diretor da Conab faltou a comissão da Câmara

Às 17h, a Comissão de Agricultura ouviria ainda Thiago José dos Santos, ex-diretor-executivo de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Envolvido no leilão de arroz da companhia, Santos alega que foi demitido injustamente e que teria cumprido ordens do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Ao colegiado, ele deveria falar sobre o leilão e sobre os motivos de sua demissão. Mas demarcou o comparecimento. O presidente da comissão também quer convocá-lo.

O leilão, que arrematou 263.730 toneladas de quatro empresas por R$ 1,3 bilhão, foi anulado na terça-feira 11 pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em virtude da desconfiança sobre a capacidade de as empresas vencedoras entregarem o produto. Um novo leilão será realizado.

Depois do leilão do arroz, diversas denúncias apareceram. Entre elas, o possível uso de empresas de fachada. O caso que chama mais atenção é o da principal vencedora do leilão, a empresa Wisley A. de Sousa.

O leilão de arroz pretendia comprar o alimento importado, depois de o Rio Grande do Sul ser afetado com as enchentes. Apesar de alertas dos produtores nacionais sobre o sucesso da safra nacional e a não necessidade da importação, o governo só interrompeu a medida depois de identificar irregularidades no processo.

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso, e há uma ala da oposição no Congresso que defende a abertura de uma CPI. Conforme o ex-diretor da Conab, os técnicos da empresa defendiam o preço inicial entre R$ 5,50 e R$ 5,80, mas o valor final foi de R$ 5 por quilo.

Leia mais: “O Arrozão do PT”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 221 da Revista Oeste

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Fonte: Revista Oeste


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