Partido de Ricardo Nunes aciona o Ministério Público contra Boulos por propaganda antecipada e caixa 2

O partido do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), acionou o Ministério Público Eleitoral (MPE) paulistano nesta quinta-feira, 15, contra o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) por propaganda antecipada e caixa dois. A sigla quer que o órgão abra uma investigação.

Boulos é o pré-candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo. Ele contará com apoio formal do PT.

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De acordo com o documento do MDB, foram distribuídos leques no Carnaval em apoio ao pré-candidato psolista. Em alguns dos materiais está escrito “Fica vai ter bolo”, com uma foto de um bolo. Em outro há um pedido: “Quer ser a cereja do meu bolo?”. Ainda tem um terceiro tipo descrito “SP + gostoso com bolo”.

Os materiais foram distribuídos em bloquinhos de Carnaval nos bairros Bela Vista e Barra Funda. O partido de Nunes identificou que os leques estavam no Bloco do Fubá e no Bloco Cordão Amigos Prato do Dia. 

Uma das festas publicou uma imagem no Instagram com a mesma mensagem que os leques e a foto de Guilherme Boulos na publicação: “Fica que vai ter ‘Boulos’ de fubá”. Na descrição da foto diz: “Neutro é shampoo de bebê, Carnaval de rua também é um ato político”.

Uma publicação compartilhada por Bloco do Fubá (@blocodofubaoficial)

Bolo é uma referência indireta a Boulos, afirma MDB

O MDB argumenta, no documento enviado ao MPE, de que o “bolo” é uma referência indireta ao pré-candidato do Psol. “Aqui, vale observar que a estratégia adotada para a veiculação da campanha publicitária tentou burlar as regras eleitorais ao não fazer uma alusão direta ao candidato”, informa o partido. “Mas trazer o desenho de um bolo, que claramente é um trocadilho com o nome do pré-candidato.”

O partido de Nunes cobra uma investigação sobre os eventuais ilícitos que ocorreram durante o feriado. De acordo com os emedebistas, houve “farta distribuição de brindes promocionais da candidatura de Boulos com o uso de evento público para o favorecimento e promoção pessoal”.

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A sigla pede que o MPE busque a origem dos recursos utilizados para a distribuição do material. O órgão destaca no documento que Guilherme Boulos tinha conhecimento sobre a ação. Prints das redes sociais mostram o pré-candidato ao lado de pessoas com os leques.

 “É necessária a instauração de investigação, portanto, para a identificação não apenas do responsável pela farta distribuição desse material — com o evidente conhecimento de Guilherme Boulos”, afirma o MDB. “Mas também para a identificação das gráficas que imprimiram o material, o seu custo, e a identificação do responsável pelo seu pagamento.”

MDB acusa pré-candidato de caixa dois

O MDB também quer que o Ministério Público Eleitoral instaure a investigação para a identificação da mão de obra utilizada na produção e distribuição do material. O partido de Ricardo Nunes afirma que a distribuição foi estratégica por ser em locais que Boulos estaria presente pessoalmente e que “não há como dizer que ele não tem ciência ou que não anuiu com a propaganda irregular veiculada em seu favor”.

Além disso, a sigla acusa Boulos de fazer caixa dois para a produção e veiculação dos materiais gráficos no Carnaval paulistano. “A [denúncia] mais grave de todas que é sem dúvida consubstanciada por um gasto antecipado e não contabilizado de campanha eleitoral”, informa documento enviado pelo MDB ao MPE. “Escancarando um caixa dois de recursos e despesas que precisam ser reveladas e sindicadas pela Justiça Eleitoral.”

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Fonte: Revista Oeste


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