Ministério Público vai ao Tribunal de Contas da União contra exportação de armas para países em guerra

O Ministério Público entrou com um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir a suspensão das exportações de armas e munições a países em guerra.

A iniciativa ocorre no contexto da escalada de tensão entre a Venezuela e a Guiana por causa de Essequibo, território reivindicado pelo governo do ditadora Nicolás Maduro. O Brasil planeja enviar blindados para a fronteira com a Venezuela.

O MP pede que o TCU oficie o governo para que os Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores suspendam imediatamente todas as atividades de “exportação, trânsito, transbordo e intermediação” de armamentos, munições e artefatos de guerra.

O argumento do Ministério Público contra a exportação de armas

A representação tem como base o Tratado sobre o Comércio de Armas, que proíbe a transferência de armamentos a países que possam usá-las em crimes contra a humanidade, genocídios e ataques a civis. O Brasil é signatário do tratado e incorporou as regras ao sistema jurídico nacional a partir de um decreto promulgado em 2022.

O Ministério Público afirma que, com uma decisão do TCU, se a Venezuela invadir a Guiana, o Brasil não poderá exportar armas para nenhum dos dois países.

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“Este tribunal tem competência para impedir que o país forneça qualquer armamento para qualquer região em confronto”, escreveu o subprocurador Lucas Furtado, que atua junto ao TCU. “Como defendido, o Brasil é um país de paz. E assim deve permanecer em conformidade com os princípios fundamentais de nossa Carta Magna.”

A tensão entre a Venezuela e a Guiana escalou depois do anúncio da vitória do “sim” no referendo venezuelano para a anexação de Essequibo. Maduro declarou que a vitória é o “primeiro passo” para que a Venezuela lute pelo território que considera seu.

Revista Oeste, com informações da Agência Estado

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Fonte: Revista Oeste


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