Márcio França desiste de pré-candidatura e declara apoio a Haddad em São Paulo
O ex-governador Márcio França (PSB) anunciou nesta sexta-feira, 8, que desiste da disputa para comandar o Estado de São Paulo e agora apoia a pré-candidatura de Fernando Haddad (PT). O anúncio se deu por meio de pronunciamento em vídeo, publicado nas redes sociais.
Desta forma, França se alinha à orientação nacional de seu partido, que vai ter Geraldo Alckmin na chapa de Lula na disputa pela Presidência. O ex-governador afirmou que havia se comprometido a apoiar o candidato mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto, considerando a aliança entre PT e PSB. Neste momento, Haddad aparece com mais chances de vitória, segundo institutos diferentes.
“Por isso eu decidi apoiar agora a candidatura do Fernando Haddad para governador. Ele reuniu essas funções e está à frente nas pesquisas. Fernando, vai você, vamos juntos”, declarou Márcio França.
“Há tempos atrás eu prometi, foi muito difícil, mas eu me comprometi que quem estivesse à frente nas pesquisas poderia ser o candidato do nosso campo político. E aqui tem palavra, você sabe disso. É por isso eu decidi apoiar agora a candidatura do Fernando Haddad para governador.”
Apesar de não mencionar no vídeo desta sexta-feira, Márcio França deve se lançar como nome do PSB ao Senado, por São Paulo.
“É a hora de defender, antes de tudo, a democracia. Nessa situação de emergência, temos de pensar em todos e não em projetos pessoais. Ou juntos mudamos o comando do país e tiramos o governo que está aí ou a fome vai entrar dentro da casa das pessoas. Isso quando a casa não se tornar a rua, a praça e o viaduto”, declarou.
Haddad, Tarcísio e Garcia
Sem Márcio França no páreo, a tendência é que a disputa pelo governo de São Paulo se polarize entre Haddad e Tarcísio de Freitas (Republicanos), trazendo ao Estado uma versão do provável embate entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) em âmbito nacional.
Correndo por fora deve vir a pré-candidatura de Rodrigo Garcia (PSDB), atual ocupante do Palácio dos Bandeirantes, depois da saída de João Doria, em março.
Fonte: Revista Oeste