Kassab: ‘Não faremos o vice do Lula’

O presidente do nacional do PSD, Gilberto Kassab, descartou nesta terça-feira, 21, a possibilidade de a legenda indicar o candidato a vice-presidente na chapa do petista Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o ex-prefeito da capital paulista afirmou que o PSD não apoiará Lula no primeiro turno. A afirmação praticamente afasta a hipótese de o ex-governador paulista Geraldo Alckmin se filiar à sigla caso decida mesmo compor a chapa do PT.

“Eu entendi que poderia passar para a sociedade a percepção de que estava formada uma frente de apoio ao Lula no primeiro turno”, disse Kassab. “Eu não estarei com o Lula no primeiro turno, e isso já foi dito a ele.”

Não faremos o vice do Lula. Não é porque é o Geraldo, fulano ou sicrano. É porque teremos candidatura própria”, prosseguiu o presidente do PSD, que chancelou a pré-candidatura do comandante do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que recentemente se filiou ao partido, ao Planalto.

“Nós vamos ter candidatura própria. Temos lideranças que têm dificuldade para caminhar com um lado ou com o outro, e hoje você tem duas candidaturas com retaguarda política sólida, Bolsonaro e Lula”, analisa Kassab.

Ainda segundo o ex-prefeito de São Paulo, “um partido que se apresenta como moderno e de centro não pode neste momento cometer o equívoco de pender para um lado”.

“Somos centro. Essa diretriz é fruto de muita conversa, com uns querendo pender mais para a esquerda, outros mais para a direita”, afirmou.

Indagado sobre o objetivo lançar Alckmin para o governo do Estado de São Paulo, Kassab deixou claro que não existe um “plano B”.

“O PSD o procurou para que ele fosse nosso candidato a governador em São Paulo, mas agora ele mostra que está querendo ser vice. Isso nos leva a procurar uma alternativa”, admite. “Vamos com muita calma identificar um bom projeto de candidatura própria.”

Em relação a Rodrigo Pacheco, Kassab não economiza elogios ao presidente do Senado. “Eu tenho convicção de que ele é a grande renovação da política brasileira”, analisa. “Ainda jovem, entrou na vida pública e em sete anos teve uma ascensão meteórica. Ele tem conseguido conduzir o Congresso com muita eficiência.”


Fonte: Revista Oeste


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