O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que o governo do Ceará está agindo “como símbolo de ditadura contra a imprensa”. Segundo o parlamentar, a TV União, emissora aberta sediada em Fortaleza, está sendo “perseguida” por ser um veículo independente, que faz críticas ao Executivo local.
“A TV União está absolutamente sem receber nada do governo. Para sobreviver e continuar praticando o bom e sério jornalismo, está fazendo até campanha para arrecadar recursos nas redes sociais. A lógica de mais essa perseguição está baseada no seguinte critério: se o veículo de comunicação elogiar o governo, recebe muito recurso. Se não elogiar, recebe pouco ou nada. Agora, se tiver a ousadia de criticar, aí é perseguição, é interpelação judicial. Segundo a própria TV União, as despesas com publicidade, já nesse governo do PT, ultrapassam valores astronômicos. É bom lembrar que, nos oito anos do governador Camilo Santana, foram R$ 1,1 bilhão.”
Girão também afirmou que o portal Custo Ceará, do jornalista Edison Silva, foi interpelado judicialmente por ter publicado notícia a respeito de uma aquisição “duvidosa” da Secretaria de Proteção Social. Segundo o senador, a secretária responsável pelo caso é esposa de Camilo Santana, ministro da Educação e ex-governador do Ceará.
O parlamentar ainda destacou projeto de sua autoria que determina diretrizes para o uso da publicidade na administração pública (PL 5.504/2019). O texto reduz as despesas com publicidade de utilidade pública e mercadológica à metade da média dos gastos dos últimos cinco anos anteriores à promulgação da lei.
“Eu entrei com esse PL, que coloca o seguinte: essencialmente o caráter educativo para propaganda e publicidade. O PL também corta em 50% o teto desses gastos, usando como base a média dos últimos cinco anos na administração pública. Pega os cinco anos, corta 50% e, aí sim, podemos começar a conversar sobre isso, que já é muito dinheiro. No estado do Ceará, é completamente fora do padrão o desperdício do dinheiro do contribuinte. Estão aí a segurança falida, os hospitais com filas, as pessoas sem atendimento.”
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Fonte: Agência Senado
Fonte: Jornal da Cidade