Ex-superintendente da Saúde suspeito de corrupção doa para Pazuello
Suspeito de irregularidades durante sua gestão como superintendente do Ministério da Saúde no Rio, o coronel da reserva George Divério é um dos doadores da vaquinha para a campanha do ex-ministro Eduardo Pazuello.
Segundo dados da página da vaquinha de Pazuello, Divério fez uma doação modesta de R$ 50 para a campanha do general, que tentará uma vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro este ano.
Divério foi nomeado por Pazuello para a Superintendência de Saúde do Rio em junho de 2020. Em maio de 2021, entretanto, ele foi exonerado do cargo após denúncias de corrupção.
Na ocasião, o coronel autorizou sem licitação a contratação de duas empresas cujos contratos somavam cerca de R$ 28,8 milhões. As empresas já tinham feitos serviços em outros órgãos comandados pelo militar no passado.
Uma delas, a “SP Serviços”, foi contratada para uma reforma na sede do Ministério da Saúde no Rio por R$ 18,9 milhões. Já a “Lled Soluções” faria a reforma em um galpão para guardar arquivos.
Após as denúncias, Divério chegou a ser convocado para prestar depoimento à CPI da Covid e teve um pedido de quebra de sigilo bancário aprovado. A oitiva acabou não acontecendo após o STF permitir que ele ficasse em silêncio.
Outros ex-integrantes do governo também constam na lista de doadores para Pazuello. Dentre eles, Heloisa Meire Carvalho, que foi assessora especial da Presidência até abril. A ex-assessora doou R$ 50.
Outro que contribuiu foi o coronel José Galaôr Ribeiro Junior, que era diretor administrativo-financeiro da Indústria Brasileira de Material Bélico até fevereiro de 2020. O militar doou R$ 10.
Uma resolução do TSE impede que pessoas físicas contribuam com mais de R$ 1.064,01 por dia em vaquinhas para candidatos. Até o momento, as maiores doações para Pazuello são de R$ 100.
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Fonte: Metrópoles