Eleições 2022: PT e PSB avançam em negociações, mas esbarram em impasse sobre SP

Roberto Casemiro/Marcelo Gonçalves/Estadão ConteúdoImpasse: Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) pretendem concorrer ao Palácio dos Bandeirantes

As tratativas envolvendo as cúpulas do PT e do PSB de olho nas eleições de outubro deste ano ganharam um novo capítulo nesta quinta-feira, 20. Em uma reunião que ocorreu em Brasília, as siglas avançaram nas negociações e chegaram a um entendimento prévio sobre candidaturas em seis Estados, mas não superaram o impasse envolvendo o pleito no Estado de São Paulo. No encontro, os dirigentes também trataram sobre a possibilidade das legendas se unirem em uma federação partidária.

Participaram da reunião desta quinta a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) e o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Neste momento, ficou acertado que os socialistas lançarão candidatos em Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os petistas, por sua vez, ficarão com Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte. Em São Paulo, porém, o impasse parece longe de ser resolvido. No maior colégio eleitoral do país, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador Márcio França pretendem concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. No Rio de Janeiro, o PT deve apoiar a candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Estado.

As conversas entre PT e PSB ocorrem na esteira da negociação para a formação de uma chapa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB depois de 33 anos. Os socialistas estão dispostos a filiar o ex-tucano, mas fizeram uma série de exigências à cúpula petista. Apesar do imbróglio envolvendo o Estado de São Paulo, Siqueira declarou, nesta quinta, que o partido está fechado no apoio à pré-candidatura de Lula. “Vemos no presidente Lula o que melhor encarna a possibilidade de enfrentamento ao presidente Jair Bolsonaro”, disse o líder partidário.


Fonte: Jovem Pan


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