Deputados do PT assinam carta de ‘movimentos sociais’ a favor do ‘processo eleitoral’ da Venezuela

Violação dos direitos humanos, perseguição, colapso da economia, miséria, fome e 7,7 milhões de refugiados, segundo as Nações Unidas, estão entre as consequências da ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela. Ainda assim, movimentos de esquerda do Brasil se uniram, na terça-feira 2, em um “manifesto” em apoio à reeleição do atual governo.

O documento “repudia as tentativas de desestabilizar” o que o grupo chama de “processo eleitoral” no país. O pleito ocorre no dia 28 de julho.

+ Leia as últimas notícias de Política no site da Revista em Oeste

Apoiado por 20 organizações e diversos militantes, o manifesto também acusa o governo dos Estados Unidos de promover uma “campanha difamatória sobre as eleições presidenciais venezuelanas”. Segundo os manifestantes brasileiros, Washington pretende “instaurar uma crise política” no país. 

+ Regime de Maduro cria lei que proíbe liberalismo e conservadorismo na Venezuela

O texto tem o apoio de organizações como o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), o Movimento Brasil Popular (MBP), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e a União da Juventude Socialista (UJS), entre outros.

Também assinam a carta figuras como Breno Altman, fundador do Opera Mundi, site que é parceiro editorial do portal UOL. Em janeiro, a ação contra o jornalista no Tribunal Regional Federal da 3ª Região. A instituição, que representa 120 mil judeus no país, o  acusa de “incitar uma caçada aos judeus”. Altman chegou a comparar judeus a ratos

+ Mais da metade da população da Venezuela vive na miséria, indica estudo

De acordo com o Opera Mundi, o documento chama movimentos populares brasileiros, centrais sindicais, partidos políticos, associações de juízes e até o Ministério Público para uma viagem até a Venezuela. Os militantes pedem que todos acompanhem a votação in loco.

´Processo de votação’

Em entrevista a Oeste, o cientista político venezuelano William Clavijo Vitto disse que o que ocorre no país é um “um processo de votação, e não eleitoral”. Isso porque, segundo Vitto, “a população vai ser impedida de eleger o candidato que considera a melhor opção para gerir o rumo da nação”. 

+ Venezuela: ONU e países reclamam de prisões de opositores de Maduro

Nem mesmo a substituta da líder da oposição, María Corina Machado, conseguiu ser inscrita na coalizão de partidos não barrados pelo regime ditatorial de Maduro. A professora Corina Yoris, do grupo de Corina Machado, ficou de fora do pleito, e a oposição só conseguiu registrar um “candidato provisório”. Nesse cenário, além de Maduro, os únicos inscritos são os candidatos alinhados ao governo ou de uma “oposição de aparência”.

“O chavismo é um movimento popular em declínio”, declarou o cientista político. “Maduro é um político altamente impopular que, em um contexto de eleição competitiva, não teria nenhuma chance de vitória”, avaliou o cientista político.

Confira a lista de signatários do manifesto esquerdista:

Parlamentares:

Organizações:

Militantes:

Ajude a manter online o Litoral Hoje fazendo uma pequena doação por PIX. Utilize a chave PIX CNPJ 45.315.952/0001-32. Ou deposite na conta: Banco Original – 212 – Agência 0001 – Conta 7296983-0. Agradecemos a sua colaboração.

Fonte: Revista Oeste


Você pode gostar também de