Depois de depoimento de diretor, senadores enviam perguntas à PF sobre jornalista português

O senador Jorge Seif (PL-SC) pediu ao presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, Sérgio Petecão (PSD-AC), que envie à Polícia Federal (PF) nove perguntas para “esclarecer” o caso do jornalista português Sérgio Tavares. O documento é subscrito pelo líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), e pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE).

Protocolado na terça-feira 19, o pedido aconteceu após uma audiência pública na comissão com o diretor de Polícia Administrativa da Polícia Federal (DPA-PF), Rodrigo de Melo Teixeira. Segundo os senadores, a oitiva foi “incompreensível”.

Teixeira foi ao Senado esclarecer os motivos da “retenção do jornalista para averiguação”, que aconteceu em 25 de fevereiro, quando ele desembarcou no Brasil para participar de uma manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

“As dúvidas que permearam suas respostas, bem como a falta de transparência no compartilhamento de dados e informações, desencadeiam uma série de preocupações”, argumentam os senadores no documento. “A ausência de clareza e detalhes impediu a elucidação completa dos motivos da retenção do Sr. Sérgio Tavares, dificultando a correta avaliação, por parte dos parlamentares, da tomada de decisões informadas pela PF.”

Como mostrou Oeste, no depoimento do diretir, ele admitiu que a corporação monitorou as redes sociais do jornalista português.

Teixeira disse que há manifestações de Tavares que, segundo ele, “beiram o aspecto criminal”. Em sua fala, o diretor da PF caracteriza como criminalidade os supostos “ataques que ele fez à Suprema Corte”. 

“Ele foi questionado sobre o ataque à honra de ministros da Suprema Corte, que ele faz em sua rede social”, disse Teixeira. “E aí, não é questão só de ser ministro da Suprema Corte. Não posso fazer um ataque à honra do senhor, que é senador, ou de qualquer cidadão, ou contra mim, que sou um delegado, diretor da polícia.” 

Segundo Teixeira, Tavares afirmou que as urnas eletrônicas “são fraudulentas”. “A gente sabe, pelo menos com provas, que não tem nenhuma ilegalidade nesse procedimento, e ele critica”, afirmou o diretor da PF.  

Conforme o diretor, o jornalista português também apoiou os atos do dia 8 de janeiro de 2023. O delegado afirmou que a corporação soube dessas manifestações por meio de suas redes sociais. 

As perguntas feitas à PF sobre o caso do jornalista português

Abaixo seguem os questionamentos feitos pelos senadores à PF. Não há um prazo determinado para a corporação responder:

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Fonte: Revista Oeste


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