Comissão de Ética da Presidência aprova quarentena mensal de R$ 41 mil a Ana Moser

A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República aprovou a concessão de  quarentena remunerada à ex-ministra do Esporte Ana Moser, demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no começo do mês para abrigar no governo o centrão. Com isso, a ex-atleta continuará recebendo normalmente, por mais seis meses, o salário de ministra, hoje em R$ 41,6 mil.

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A decisão da Comissão de Ética Pública foi tomada na quarta-feira 27. Para o órgão, existe um possível conflito de interesse entre o cargo de ministra do Esporte e a iniciativa privada.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Ana Moser se recusou a revelar o local em que teria sido chamada para trabalhar, na iniciativa privada, e que conflitaria com o cargo de ministra. Ela disse que a consulta feita à Comissão de Ética “faz parte do procedimento de ex-ministros”.

Ana Moser lamentou demissão, mas, dias depois, publicou foto com Lula

 Ana Moser foi exonerada por Lula no último dia 6 de setembro para dar lugar a André Fufuca (PP-MA), indicado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Na ocasião, a ex-atleta afirmou ver sua saída com “tristeza e consternação”.

Ela lamentou ter sido demitida antes de ter tempo para que as promessas de Lula na campanha fossem cumpridas. “Tivemos pouco tempo para mudar a realidade do Esporte no Brasil”, disse, ao lamentar que as promessas de Lula na campanha não tiveram tempo para serem desenvolvidas.

Nove dias depois, porém, a ex-ministra dos Esportes publicou uma foto abraçando o presidente Lula e agradeceu “o apoio recebido nos últimos dias”. “Envio carinho de volta para cada um e cada uma. Aproveito para compartilhar o relatório final entregue na transição com um resumo das entregas que promovemos nesses meses à frente do Mesp.”

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Depois da demissão por Lula — que já tinha demitido outra ministra de seu governo, Daniela do Waguinho, Ana Moser também criticou a sociedade e a direita por assédio e violência.

Em entrevista ao UOL, ela declarou que as mulheres do governo Lula são alvo “desse assédio, essa violência, essa misoginia que é uma característica da nossa sociedade”. “Todas as mulheres sofrem isso nessa gestão desde o início, especialmente da direita.”

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Fonte: Revista Oeste


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